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O transporte coletivo sempre foi a principal arma de campanha de Beto Richa. Ele soube como ninguém usar o assunto. Quando era vice de Taniguchi, aproveitou a viagem do prefeito para baixar a tarifa. Golaço: virou prefeito. No fundo, começava ali a derrocada do sistema, com seu déficit hoje milionário. Mas o objetivo foin atingido. Hoje quem manda em Taniguchi, secretário de Estado de Planejamento, é o governador Beto Richa.

Na prefeitura, criou a passagem domingueira, manteve um preço irreal e conseguiu se reeleger. Virou governador e quase elege seu vice, o desconhecido Luciano Ducci, dando um inédito subsídio de R$ 64 milhões para manter o sistema funcionando sem cobrar a tarifa técnica.

Agora, Richa está no Palácio Iguaçu e seu senso de que a tarifa é importante estava certo. Pelo menos é o que mostram os manifestantes Brasil afora. E o que fez Richa agora? Tinha tirado o subsídio de Curitiba, já que não lhe interessa bancar Gustavo Fruet, mas inventou nova moda.

Ao retirar o ICMS do diesel, fez parecer que o fim do subsídio nada tinha a ver com Ducci. Perdeu quase nada de arrecadação ao abrir mão do imposto e gastou uma fortuna para anunciar que o preço das tarifas na região metropolitana caiu R$ 0,10. Por causa de quem? Do governo do estado, claro.

Trata-se de meio engodo. Quase inteiro. A retirada do PIS/Cofins, anunciada pelo governo federal tem no mínimo o mesmo peso para a redução da tarifa. E vai saber se, com isso, Richa não está afundando também o transporte das outras cidades. No futuro, saberemos.

Mas o fato é que Richa não só marcou pontos como colocou Fruet numa saia-justa. Por que só ele não baixou? A resposta, no fundo, é clara: porque o antecessor deixou um rombo gigante. Mas e vá explicar isso ao fulano que está desembolsando mais desde que o novo prefeito assumiu…

Fruet ficou mal na fita. Richa marcou um gol de novo. Foi de mão. Mas será que o juiz vai ver?

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