• Carregando...
Câmara de Curitiba vota projeto que flexibiliza lei de acordo com a necessidade do infrator
| Foto:

Você construiu um imóvel desobedecendo as leis de urbanismo de Curitiba? Fez mais andares do que eram permitidos? Teve lucro ignorando o recuo obrigatório, fazendo com que os cidadãos se espremam na calçada em frente a seu empreendimento? Ficou com medo de ser multado? Seus problemas acabaram.

Reportagem de Raphael Marchiori publicada nesta quarta-feira na Gazeta do Povo revela que os vereadores de Curitiba devem tornar lei uma proposta que permite a regularização de todos esses problemas sem que haja qualquer punição a quem desobedeceu aos limites exigidos pela cidade.

O texto legal sugerido pelos vereadores Geovane Fernandes (PTB), Helio Wirbiski (PPS), Jonny Stica (PT) e Jorge Bernardi (PDT) não podia ser mais generoso. Qual o limite para a regularização sem punição? O limite, como diria aquele antigo programa de tevê, é o céu. Ou, no texto legal, o limite é a necessidade do infrator.

Está no artigo 28 o texto. Fica assim a regra:

A regularização dar-se-á através da flexibilização, limitada a necessidade máxima para regularização do imóvel, de parâmetros urbanísticos como:

I – coeficiente de aproveitamento;

II – recuos obrigatórios;

III – taxa de ocupação;

IV – porte comercial;

V – altura máxima e número de pavimentos e;

VI – demais parâmetros urbanísticos.

Evidente que a regra, segundo os vereadores, foi pensada para o cidadão de baixa renda que construiu sua casinha em um bairro modesto e não tem como regularizar a situação. Multá-lo ou, pior, obrigá-lo a demolir a casinha, seria uma crueldade.

Mas por que não limitam os vereadores no próprio texto da emenda ao Plano Diretor a aplicação a imóveis de baixa renda, por exemplo? O fato é que fica em aberto a possibilidade de regularizações de shoppings, hipermercados ou o que for. Sem limites a não ser o juízo dos técnicos e dos governantes de plantão.

Siga o blog no Twitter.

Curta a página do Caixa Zero no Facebook.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]