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Como cada candidato se saiu no debate?
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O primeiro debate da Band foi um teste para ver como cada candidato se sai em público nesta curta campanha pela prefeitura. Veja um resumo do dia.

Gustavo Fruet

Apanhou como um professor diante da Assembleia Legislativa. A pancadaria foi comandada por Rafael Greca, mas vários candidatos aderiram.

Quando tinha a chance de se defender, usava seu minuto e meio de modo um tanto desesperado, tentando rebater tudo – e inclusive rebater alguns dados absurdos que outros tinham dito.

Para um candidato que tanto fala em serenidade, pareceu nervoso demais com as provocações.

Rafael Greca

Deixou de ser o clown de 2012 para se levar um pouco mais a sério. Talvez por acreditar que dessa vez a coisa vai.

Apelou o tempo todo para a emoção, mas de modo mais comedido, sem recitar poemas nem fazer gestos mais teatrais.

De resto, disse ter feito tudo o que os outros prometiam, pensavam ou cogitavam. É um mistério que a cidade não tenha todos os problemas resolvidos depois de uma gestão dessas.

Maria Victoria

Aos 24 anos, não é surpresa que a candidata se atrapalhe. Ficou em muitas generalidades e no discurso da boa vontade. Platitudes, muitas vezes.

Se deu especialmente mal quando Xênia Mello, militante feminista e negra, perguntou à candidata as propostas para as minorias, como gays, por exemplo.

Disse que tem amigos e parentes gays, , mas que preferia falar sobre as demandas da população de Curitiba. Ué? E isso não é uma demanda? Porque o wi-fi é mais relevante?

Ney Leprevost

Normalmente no papel de bom moço, arriscou um discurso mais agressivo, principalmente em defesa de seu grande cabo eleitoral, Ratinho Jr.

Tentaram lhe colar a imagem de apaniguado de Beto Richa e ele reagiu. Mas continua tendo o principal cabo eleitoral dentro do Palácio.

Teve um momento curioso quando Greca perguntou qual era o tamanho da conta de luz da prefeitura e ele disse que era uma “pegadinha”. Não respondeu.

Requião Filho

À maneira do pai, foi irônico e combativo. Mas ainda falta muito para ter a fama de bicho-papão que o ex-governador conquistou.

Como ele mesmo diz, é uma versão “Marlboro lights” do senador.  Se posicionou claramente à esquerda, fez até tabelinha com Tadeu Veneri. E citou o papa Francisco, obrigatório.

Fez uma proposta meio tirada do chapéu de municipalizar o Teatro Guaíra.

Tadeu Veneri

Participação discreta, com um ponto alto quando chamou Greca a se explicar sobre proposta, dizendo de onde tiraria dinheiro para tudo aquilo.

Coisa rara num debate em que só faltou prometerem que vão dar um passeio pela fantástica fábrica de chocolates a cada curitibano.

De resto, foi cobrado pela Lava Jato, como tinha de ocorrer. E fez um estranho ataque à prefeitura de Fruet – que tem como vice uma petista.

Xênia Mello

Foi a mais incisiva. Mas também a menos responsável. Acusou a tudo e a todos. Generalizou quando disse que era a única que não estava na Lava Jato e a única sem parentes na política.

O que conseguiu com isso foi dar direito de resposta a todo mundo, enquanto ela teve de permanecer quieta. Para quê?

Fez o papel de incluir algumas causas relevantes no debate.

Ademar Pereira

Empresário, não está acostumado ao ritmo maluco dos debates. Trinta segundos para isso, 40 para aquilo.

Se perdeu no tempo e dava impressão de que precisava de bem mais para poder se explicar. Um problema para quem vai ter tão pouco espaço na tevê.

Afonso Rangel

Apesar de ter experiência como gestor, pareceu um pouco ingênuo na solução para problemas complexos. Como se bastasse boa vontade, parecia.

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