Deputados que apoiam o governador Beto Richa receberam nesta quarta um pedaço de papel higiênico pelo correio. Papel higiênico sujo. Junto, havia uma carta falando sobre o 29 de abril do ano passado.
Em 2015, quando houve a repressão no Centro Cívico para aprovar o pacote de ajuste fiscal de Richa, 33 deputados ficaram ao lado do governador. Ficaram conhecidos como “bancada do camburão” por terem topado entrar num ônibus do Choque para furar o bloqueio de manifestantes e votar as propostas.
Na época, correu uma lenda urbana de que um dos parlamentares, confrontado com os manifestantes, teria sujado as calças. Pura lenda. Mas a carta maldosa, enviada junto com o presente de mau gosto, faz referência a isso.
“Respeitosamente gostaríamos de entregar-lhe este instrumento de necessidade básica e, por que não lembrar, necessidade desesperadora no caso do “camburão”, no qual o senhor está envolvido.
“Na ocasião da entrada às presszas pela lateral da Alep, soube-se que o senhor ou algum de seus (não tão digníssimos) coleguinhas precisou de papel para limpar a ‘sujeira’, mas não tinha. Que dó!
“Fica o presente, pensando em eventuais necessidades, pois 29/04 está chegando…”
A carta é assinada com um nome provavelmente falsa e usa o endereço da Secretaria de Educação. Se eram mesmo fezes no papel higiênico, não se sabe. “Ninguém quis chegar perto para ver”, brinca um deputado.
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