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Debate band

Debates entre candidatos costumam ser mais ou menos previsíveis. Embora a gente nunca saiba quem vai aparecer dormindo na tela ou quem vai esquecer o nome da pessoa a quem deve perguntar, pode-se antecipar a estratégia dos candidatos grosso modo. Assim, o blog preparou dez itens “certeiros” para o debate desta noite na RPC.

Veja quantas acertaremos:

1- Caça ao Richa
Sempre que um dos candidatos está bem distante nas pesquisas*, a esperança dos demais é tentar falar de suas contradições e de seus problemas, na esperança de forçar um segundo turno. Assim, Requião e Gleisi deverão usar todas as oportunidades para caçar Beto Richa. Quando não puderem perguntar diretamente a ele, farão perguntas a outros sobre problemas da atual gestão.

2- Sem bala de prata
A campanha de Requião fez o favor a Beto de mostrar que, a essa altura, ninguém tem nenhuma arma secreta para o fim da campanha. Como não há bala de prata, os temas devem se repetir: virão acusações de que Richa acorda tarde, não gosta de trabalhar e endividou o estado.

3- Pedágio em destaque
De fato novo mesmo que deve ser usado contra Richa, apenas a reportagem de André Gonçalves mostrando que ministros de Dilma confirmam a tentativa do governo de prorrogar os contratos de pedágio no Paraná.

4- Requião luta contra o tempo
O senador, que já foi considerado um ás dos debates, sofreu para fazer perguntas e respostas nos tempos determinados no debate da Band. Disse que estava cansado. O debate de hoje é mais ou menos no mesmo horário. Os assessores mandaram que ele durma antes do programa Funcionará?

5- Pau o tempo inteiro
O formato do debate garante diversão em tempo integral. Como cada candidato pode responder até duas perguntas por bloco, os três principais nomes deverão responder a seis das sete perguntas. Só a última deve ser entre dois candidatos de menor expressão.

6- Em equipes
Se Requião e Gleisi vão jogar “em dupla” contra Richa, é possível que candidatos menores como Ogier Buchi e Tulio Bandeira façam coro contra os dois. E, como se viu no primeiro debate, Rodrigo Tomazini e Bernardo Pilotto devem fazer o discurso da esquerda mais radical, achando que todos os outros são iguais.

7- Richa no ataque
No último debate, Richa mostrou que acredita piamente na história de que a melhor defesa é o ataque. Partiu para cima de Requião chamando-o de mentiroso e na primeira pergunta foi direto em Gleisi. Como aparentemente funcionou, deve repetir a dose hoje.

8- Propostas? Que nada!
Nenhum dos candidatos deve ficar muito na área das propostas. Requião falará bem de seu governo e, no máximo, dirá que vai fazer tudo igual de novo. Richa vai na mesma balada do autoelogio, dizendo que “o melhor está por vir”. Gleisi se concentrará em elogiar a gestão Dilma.

9- A turma do deixa disso
Ogier Buchi e Geonísio Marinho já mostraram que uma de suas tarefas é dizer que debate é para discutir ideias. Lamentarão a falta de propostas e os ataques pessoais.

10- Os tiques de cada um
Richa usará mais de dez vezes rankings favoráveis ao seu governo. Requião chamará o governador de Carlos Alberto. E Gleisi dirá que tudo é “lamentável”.

* A lei eleitoral é terrível com isso no Brasil. E para fazer a afirmação acima é preciso citar uma pesquisa com metodologia. Então, lá vai. O último Ibope deu 47% das intenções de voto para Richa. A pesquisa entrevistou 1.204 eleitores, em 65 municípios, entre 24 a 28 de setembro, por encomenda da Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) sob o protocolo PR-00042/2014.

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