O governador Beto Richa (PSDB) foi informado nesta segunda-feira do teor de um documento que cinco instituições do estado pretendem levar nesta semana ao ministro dos Transportes, em Brasília. O documento pede que as rodovias concedidas pelo governo federal ao Paraná continuem nas mãos do estado.
Por trás disso está uma outra discussão importante para o bolso de todo mundo: o preço do pedágio nas estradas que cortam o Paraná. Os 1,8 mil quilômetros que estão em jogo são exatamente aqueles que Jaime Lerner colocou no programa de concessões para fazer o Anel Rodoviário.
As cinco instituições que assinam o documento – Faep, Associação Comercial, Fecomércio, Fetranspar e Faciap – dizem que não teriam problemas com a discussão de uma extensão dos contratos de pedágio, desde que as empresas fizessem mais obras e reduzissem o valor cobrado hoje nas praças.
“O Paraná precisa com urgência que o Anel de Integração seja totalmente duplicado”, afirma o texto. Segundo Darci Piana, da ACP, o problema de não ampliar os prazos atuais seria a necessidade de esperar mais sete anos para fazer nova licitação e só aí ter obras novas. “Não dá para ficar esperando mais sete anos, até o fim das atuais concessões, para tomarmos uma posição”, disse.
Os contratos de pedágio feitos com as seis concessionárias que operam hoje no Paraná vão até 2023 – ou seja, dos 25 anos previstos originalmente, já se passaram 17. No entanto, o fim dos contratos ocorreria, pelo contrato atual, na próxima gestão, e não na de Beto Richa.
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