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Em 34 anos, Paraná só elegeu senadores e prefeitos de Curitiba para o governo
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Osmar

Desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para os governos estaduais, no início dos anos 1980, o Paraná já escolheu seus governantes nove vezes. E em todas elas o escolhido tinha mais ou menos o mesmo perfil.

Agora, dois anos antes da próxima eleição, começam a surgir os primeiros candidatos para o cargo. Até agora, dois anos antes da votação, nada menos do que quatro políticos de peso disseram querer concorrer: Osmar Dias, Ratinho Jr., Cida Borghetti e Valdir Rossoni.

Um dos critérios que une todos os governadores eleitos desde 1982 é que eles tinham um passado eleitoral vitorioso. Para ser mais preciso, tinham ocupado um dos dois cargos imediatamente “inferiores” ao do governo do estado em termos eleitorais: ou tinham sido prefeitos de Curitiba, ou senadores.

Veja só: José Richa, eleito em 1982 tinha sido senador pelo MDB, e estava no mandato quando concorreu. Alvaro Dias, eleito governador em 1986, já era senador desde 1983. O próximo governador foi Roberto Requião, que tinha sido prefeito de Curitiba até pouco tempo antes.

Jaime Lerner, o próximo na lista de sucessores, tinha sido prefeito de Curitiba três vezes – só numa delas eleito pelo voto popular. Depois, Requião voltou ao cargo (agora não só como ex-prefeito como também como ex-senador). E Beto Richa, o atual governador, também estava saindo da prefeitura quando se elegeu.

Dos quatro candidatos, embora todos tenham ocupado cargos relevantes, o único que preenche esse requisito é Osmar, que foi duas vezes senador. Ratinho perdeu a prefeitura por pouquinho em 2012. Rossoni se elegeu deputado federal e foi presidente da Assembleia, mas seu único cargo eletivo no Executivo foi o de prefeito de Bituruna.

Cida Borghetti terá uma situação inusitada. Será a primeira candidata não eleita a disputar a eleição no cargo – se tudo for como se imagina. Caso Richa renuncie para tentar o Senado, ela terá nove meses de mandato. Muitos passaram por isso antes (João Elísio, Mario Pereira, Orlando Pessuti, por exemplo), mas nenhum tentou a reeleição.

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