Um levantamento feito pela Câmara de Curitiba no final do semestre mostra que os vereadores da cidade apresentaram nesse período nada mais, nada menos do que 9.160 solicitações à prefeitura. Em geral, são pedidos de roçada, de troca de lâmpadas, de operações de tapa-buraco no asfalto e coisas do gênero.
Fazendo uma conta simples, chega-se à conclusão de que, em média, cada um dos 38 vereadores da cidade (somando situação e oposição) apresentou 241 pedidos para o Executivo nos primeiros seis meses do ano. Isso significa mais de um pedido por vereador por dia.
Se por um lado isso mostra muito claramente que há muitas coisas a se fazer na cidade (o que pode ser culpa da prefeitura), mostra mais uma vez que a principal atuação dos vereadores não é nem na apresentação de leis nem na fiscalização da prefeitura – como devia. É na atenção a pequenos problemas dos bairros.
É a prova cabal de que vereador, no fundo, é mesmo um tipo de “despachante de luxo”, como se diz por aí – usa a influência do cargo para conseguir obras que, na verdade, não fazem parte da sua função e só dependem do Executivo. Com isso (ou seja, com a troca de sua influência por votos para o prefeito), pretendem obter sua reeleição.
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