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Funcionário que atirou planta é exonerado. Será o único punido por tudo que ocorreu no Centro Cívico?
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Saiu em Diário Oficial nesta quinta-feira a exoneração do funcionário da liderança da oposição que jogou uma planta (ou um vaso?) do oitavo andar da Assembleia durante a repressão dos manifestantes na votação do último dia 29, no Centro Cívico.

Desde que um vídeo mostrando o funcionário fazendo o arremesso veio a público, no começo da semana, ele foi identificado e exonerado. Não é para menos. Caso tenha mesmo jogado um vaso, podia matar alguém. Mesmo que seja só uma planta inofensiva, isso não se faz. Nervoso ou não, em meio a um conflito ou não, um funcionário público não pode sair atirando coisas a esmo por aí.

A exoneração, portanto, é algo a ser comemorado? Sim, alguém foi punido pelos seus atos. Mas fica a pergunta: será a única punição de que teremos notícia? O ato do servidor foi grave. Mas nem de longe foi o mais grave a que se assistiu naquela tarde de quarta-feira.

Até agora, não se sabe de um único policial punido por ter batido com cassetete em alguém. De um único PM punido por jogar spray de pimenta em quem estava caído. De um único comandante punido por determinar que se jogassem bombas de gás lacrimogêneo desnecessariamente sobre centenas de manifestantes.

As duas únicas pessoas que perderam seus postos do lado do governo pediram para sair. O comandante da PM e o secretário de Segurança caíram porque se desentenderam sobre as responsabilidades de cada um. Se exoneraram, segundo a versão do próprio governo. E assim, na versão do próprio governo, ninguém ainda foi punido.

Jogar uma planta é grave. Ok. Puna-se. Mas se quem jogou bombas não for punido com muito mais gravidade será uma afronta a qualquer um que tenha assistido àquela ação brutal da polícia.

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