O governo do estado mandou reduzir as despesas de custeio em 30% daqui até o fim do ano. Segundo o secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, a ideia é terminar o ano de 2014 com as contas “perfeitamente em dia”.
Na verdade, não se trata de um mero desejo. É um imperativo legal. Independente de Beto Richa ter sido reeleito para mais um mandato (e, portanto, de ele “passar a faixa” para ele mesmo), a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o governo termine seu último ano com as contas “perfeitamente em dia”.
De acordo com a reportagem da Gazeta do Povo desta terça-feira, o corte de gastos tem a ver com uma arrecadação mais fraca entre junho e setembro no Paraná. Pode ser. Mas se começou em junho o problema, por que apenas depois das eleições vem o arrocho?
A impressão que passa é que o governo do estado já sabia que precisaria fazer ajustes, mas esperou passar o primeiro turno para não ter notícias negativas antes da eleição. Agora, o reajuste precisa ser mais forte para conter o que não foi contido antes.
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