Dois senadores paranaenses estiveram com Lula na manhã desta quarta-feira. Ouviram da boca dele que não pretende ser ministro do governo Dilma, como se cogitou nas últimas 24 horas. Nem pela Lava Jato (ganharia foro especial) nem por motivos políticos. Quer ficar onde está.
O ex-presidente viajou a Brasília para conversar com os senadores ligados ao governo. Dezenas se reuniram na casa de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. entre eles, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), do Paraná. Só Alvaro Dias (PV), dos três do estado, faz oposição e não foi chamado.
Lula teria ouvido de vários senadores o apelo para que aceitasse um cargo no governo Dilma. Requião foi um dos que fez o apelo. Para o paranaense, Lula seria importante para consertar a economia. Aliás, esse foi o ponto em que Requião insistiu: Dilma se elegeu com uma agenda econômica que precisa ser cumprida (e que não está nem perto disso hoje).
“Ele disse bem claramente que não pretende ter cargo. Que não precisa disso para fazer política nem para dar sua colaboração para o país”, disse Gleisi. “Mas há uma pressão muito forte de setores do partido para que ele assuma”, afirmou.
Na reunião, Lula deu sua versão para os fatos pelos quais está sendo investigado. Vários senadores (lembrando que se tratava de governistas) disseram que nem era o caso, que ele não precisava se explicar. Mas Lula fez questão. Assim como fez questão de contar o dia de sexta-feira, quando foi levado sob coerção para depor.
Apesar da conversa toda, não se tirou nenhuma decisão do encontro.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Deixe sua opinião