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Nem a direita consegue conviver mais com a ignorância de Bolsonaro
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O tempo é um grande remédio contra fraudes. E o fato de Jair Bolsonaro ter se exposto muito tempo antes da eleição está servindo para que se descubra que ele é o mais completo fiasco, em qualquer sentido possível.

Embora esteja ainda em alta com certos eleitores, o deputado cada vez mais perde credibilidade com formadores de opinião e com os próprios pares do mundo político. Sua visibilidade deixou claro que ele não entende de nada, que não sabe coisa nenhuma sobre política, sobre economia, sobre o país e sobre o mundo.

Primeiro foram os fracassos econômicos. Em mais de uma entrevista, Bolsonaro, que sempre se elegeu com uma só pauta, a segurança, refugou na hora de responder coisas simples. Uma jornalista, Mariana Godoy, chegou a chamar a atenção do candidato ao vivo quando ele disse que a ditadura militar teve os melhores resultados econômicos da história do país.

Bolsonaro, na mesma entrevista, deixou claro que não sabe o que é o tal tripé macroecônomico que guia a política do país há mais ou menos 20 anos. Em várias pré-escolas do país deve ser possível achar crianças que saibam sobre metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Bolsonaro, que passou mais de vinte anos no Congresso, não sabe o que é isso.

A cada entrevista, ele se afunda mais. Um deputado de direita disse que sentiu “vergonha alheia” ao ver o candidato do Canal Livre, da Band. E entre os deputados, que bem ou mal sabem de alguma coisa, a situação vai ficando cada vez mais insustentável.

Ignorante

As duas principais frentes parlamentares da direita brasileira se reuniram com o candidato e saíram decepcionadas com sua ignorância. Os ruralistas disseram que ele é uma “pedra que precisa ser burilada” (passem um dicionário ao homem para que ele saiba o que disseram dele. Os evangélicos, que o presidente deveria entender de economia e que “não basta ser honesto”.

Sem apoio no mundo político, nenhum candidato prospera. Se se elegesse, por acaso, não governaria. Mas há mais – sem ter apoio mínimo dos formadores de opinião, vai ficar restrito a guetos de incultos incapazes de perceber suas fraquezas.

E esse é o tipo de eleitor que, no médio prazo, vai se orientar pelo que dizem as pessoas que parecem entender mais do assunto.

Para Bolsonaro voltar à miséria de onde veio e de onde jamais deveria ter saído, resta apenas uma coisa. Pararmos de falar nele. Se isso acontecer, ele logo terá de desistir da candidatura e disputar o Senado, ou algo menor ainda.

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