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Nem o samba escapou da politização barata. Haja paciência
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Mario Quintana, sábio, já ensinava: a boa causa não salva o mau poeta. De todos aqueles versos melosos sobre a revolução, poucos se salvaram. E se não salva o poeta, a causa nobre também não salva o sambista.

Nesta semana, como acontece com tudo ultimamente no Brasil, o carnaval também virou tema de política. De repente, quem nunca ouviu falar em cavaquinho virou fã da Tuiuti. A Beija Flor ganhou coraçõezinhos dos petistas.

E como as duas chegaram nos primeiros lugares, decretou-se que o grito do povo é esse aí: contra o vampirão e as reformas. O samba, dizia Zé Ketti, é a voz do morro, sim senhor. E não se discute mais.

Do outro lado, os colunistas da direita, entre eles o neto do AI-5, xingavam o dono da Tuiuti e determinaram que, como escola de samba também trata mal trabalhador, não pode falar mal de reforma trabalhista.

Que Carnaval no Rio é sinônimo de jogo do bicho e banditismo e que os petistas que fiquem com essa tralha toda, com essa hipocrisia de quem, recebe dinheiro público etc (diz o neto do construtor da Rio-Niterói, aquele megaescândalo).

Podia ser interessante se, talvez, os dois lados tentassem simplesmente aproveitar o feriado e, quem sabe, ouvir um samba. Recomenda-se algo antigo, que nada tenha a ver com Dilma, Temer e Luciano Huck. Cartola, quem sabe. O Mundo é um Moinho.

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