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Paraná tem sido “campeão” de desvio de dinheiro de gabinetes
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Custódio da Silva: ex-vereador foi preso por ficar com salários.

 

O caso do deputado Gilberto Ribeiro (PSB), suspeito de ficar com dinheiro de servidores, não é novidade no Paraná. Os salários dos funcionários de seus gabinetes são a causa número um de escândalos ligados a vereadores e deputados. Não tendo acesso a licitações ou a grandes contratos, os parlamentares têm na gestão da folha de salários seu grande “caixa”. E em várias ocasiões, aqui no Paraná, já se descobriu gente fazendo uso ilegal deste dinheiro.

Os regimentos internos muitas vezes facilitam isso. Um dos problemas é o excesso de cargos. Outro, o valor excessivamente alto dos salários. Além de tudo, em muitas casas legislativas, não há controle de entrada e saída de funcionários. Isso tudo permite dois tipos de esquema ilegal.

Num deles, o sujeito trabalha mas é registrado com um salário maior do que o verdadeiro (o resto é “devolvido”); no outro, o sujeito nem aparece para trabalhar e, em casos extremos, nem sabe que é contratado (e o dinheiro fica inteirinho para o parlamentar).

Os dois casos mais famosos de desvios de dinheiros de funcionários no Paraná são os Gafanhotos e os Diários Secretos.

Clique aqui para ver os gastos mensais de cada deputado estadual paranaense.

No caso Gafanhotos, a Polícia Federal descobriu que vários deputados pagavam todos os seus funcionários por meio de uma única conta, o que permitia o desvio. Muitas vezes, a conta estava em nome do próprio deputado, do chefe de gabinete ou de um parente. Foram envolvidos vários deputados estaduais e 400 funcionários da Assembleia do Paraná.

Nos Diários Secretos, que segundo o Ministério Público pode ter desviado R$ 200 milhões do erário, o esquema principal era a contratação de gente que nem aparecia para trabalhar. Nesse caso, quem foi responsabilizado foram principalmente os diretores da Assembleia. O ex-diretor-geral Abib Miguel foi preso porque movimentaria contas de vários fantasmas usando uma pilha de cartões bancários.

Houve casos de desvio por um único parlamentar. O ex-vereador de Curitiba Custódio da Silva chegou a ser preso por esquema desse tipo. E Paulo Frote foi levado a renunciar a seu mandato na Câmara de Curitiba.

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