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Richa reconhece erros e volta a dizer que “o melhor está por vir”
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O governador Beto Richa (PSDB) deu uma entrevista ao Paraná TV da RPC no início da tarde desta quarta-feira reconhecendo “erros e equívocos” na condução do pacote de medidas de ajuste fiscal enviado à Assembleia Legislativa neste mês. O pacote foi fator fundamental para que se iniciassem várias greves do funcionalismo e levou à ocupação do prédio da Assembleia professores e outros manifestantes.

A admissão dos erros se restringiu ao modo como o projeto foi encaminhado. Richa disse que deveria “ter discutido mais” com a sociedade antes de encaminhar para votação. Mas afirmou que o modo como o “modo açodado” se deveu unicamente “ao momento de urgência” pelo qual passa o estado. Ligou a situação financeira ruim do Paraná, novamente, a uma crise financeira nacional.

O governador disse que o diálogo é marca de sua administração e que está negociando com os professores e com as demais categorias para acabar com a greve. Afirmou que praticamente toda a pauta foi atendida. E disse ainda que a opção por tratar dos projetos em regime de comissão geral se deveu exclusivamente ao fato de a Assembleia não ter formado ainda, quando chegaram os projetos, as comissões temáticas para avaliação das propostas.

Sandro Dalpícolo, o entrevistador, questionou o governador sobre duas declarações antigas de Richa. Quando perguntou sobre a frase de Richa, depois da reeleição, de que as contas estavam em ordem e que “o melhor estava por vir”, Beto respondeu que continua tendo “total convicção” de que o estado já está melhor do que quatro anos atrás e de que as coisas vão melhorar. “O melhor está por vir”, disse novamente. Segundo ele, as contas devem melhorar a partir de abril, o segundo semestre deve ser mais tranquilo e até o fim do ano o estado terá “completa tranquilidade”.

Sobre outra declaração, dizendo que “baderneiros” foram os responsáveis pela ocupação na Assembleia, Richa disse que nunca associou a expressão aos professores. “O que eu disse foi que havia baderneiros infiltrados num movimento pacífico de professores”, disse.

Em relação à greve, o governador disse que está “otimista” para que o movimento acabe “o mais rápido possível”. Questionado sobre a paralisação de outras categorias, disse que admite que “a greve tomou proporções muito maiores do que imaginávamos”, mas disse considerar natural que, num momento como esse, todas as categorias que tenham uma reivindicação, “por menor que seja, aproveitem o embalo”.

Pediu ainda, falando como se estivesse numa conversa com empresários (a metáfora foi do próprio governador), que se imaginasse a seguinte situação: você concede em quatro anos aos trabalhadores aumento de 60%, depois pede, num momento difícil, a compreensão para que esperem dois meses para receber o terço de férias. Segundo ele, foi isso que aconteceu com o governo.

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