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João Carlos Baracho. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo.
João Carlos Baracho. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo.| Foto:

O Conselho Regional de Enfermagem emitiu uma nota pública reclamando da postura da prefeitura de Curitiba em relação à agressão sofrida por uma enfermeira na UPA da Boa Vista, semana passada. O secretário de Saúde, João Carlos Baracho, declarou ao blog que para evitar a repetição do problema, a prefeitura pretendia abrir uma porta na sala onde ocorreu a agressão, uma espécie de “rota de fuga” para os profissionais.

Os enfermeiros não gostaram do comentário e dizem que não é essa a solução. Aproveitaram para reclamar da falta de profissionais. E dizem que vão apresentar as demandas da categoria pessoalmente, numa reunião marcada para a semana que vem. Veja abaixo a íntegra da nota dos enfermeiros.

“Em relação a postagem do dia 24/04/17 (17h58), com a afirmação do secretário municipal de Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho, dizendo que o problema de agressão à profissional da UPA Boa Vista, ocorrido na noite do dia 20/04, “se deveu ao fato de não haver um lugar para onde a enfermeira pudesse escapar e que isso poderá ser corrigido com a abertura de uma porta que permita a fuga dos profissionais em casos como esse”, o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná – Coren/PR –  declara não admitir que ocorrência grave como esta venha ser tratada de forma tão equivocada.

A Autarquia, que tem como finalidade principal disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, já divulgou nota de repúdio sobre o fato (página Facebook dia 22/04) e vai tratar da questão em audiência finalmente confirmada pelo secretário municipal no próximo dia 3 de maio.

Na ocasião o Coren/PR pretende esclarecer ao gestor da saúde de Curitiba sua posição de que um dos maiores problemas enfrentados hoje pela categoria é a falta de dimensionamento adequado da equipe de enfermagem. Em fiscalização realizada no ano passado pelo Coren/PR nas UPAS, a necessidade de se aumentar o número de profissionais de enfermagem foi diagnosticada em todas as unidades de pronto-atendimento.

O município já foi notificado, mas a questão segue prejudicando o exercício profissional e o atendimento à comunidade. O Coren/PR está realizando nova fiscalização nas UPAS nesta semana, mas definitivamente “rota de fuga” nunca será considerada pela Autarquia como uma das soluções para a falta de organização do processo de trabalho no âmbito do sistema municipal de saúde. Reafirmamos que a Enfermagem é essencial à organização e funcionamento deste sistema e atua para ampliar cada vez mais sua aliança com os usuários do SUS.”

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