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Secretário de Segurança diz que policiais são heróis por “aturar” caos em delegacias
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Colaborou Felippe Anibal:

O secretário de Segurança do Paraná, Wagner Mesquita, afirmou em uma conversa com um policial, via Facebook, que os policiais civis do Paraná são “heróis por aturar” a situação das delegacias do estado. O comentário foi feito em uma publicação em que o secretário se compromete a retirar os presos das carceragens da Polícia Civil.

Mesquita diz no post que tem “um compromisso enorme em retirar os presos das delegacias”. Cita alguns fatos de sua gestão que andam neste sentido, como o uso de verba para construção de 14 unidades de regime fechado (nenhuma pronta); o investimento em tornozeleiras (6 mil presos hoje monitorados remotamente); e a compra de “celas modulares” para tentar achar uma solução de mais curto prazo.

“Minha equipe na SESP é composta majoritariamente por policiais – civis, militares, federais e agentes penitenciários – e temos um compromisso enorme com nossa classe, independente de interlocução de sindicatos e/ou associações classistas”, disse, respondendo a críticas recentes dos sindicatos.

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Nos comentários, um policial civil diz que sabe dos esforços do secretário, e até o elogia.  Mas pede atenção para o problema.

“Com todo respeito, somente quem já tirou plantão sozinho dentro de uma delegacia com mais de 70 presos fervendo querendo virar a cadeia, sem nenhuma segurança operacional e muito menos jurídica, tem autoridade para dizer o que é fazer um concurso de nível superior mas ter que trabalhar nessas condições, 80% do nosso efetivo está fazendo plantão cuidando de preso e a P2 fazendo o que deveria ser o nosso trabalho, é muito frustrante trabalhar na profissão que amamos porém nessas condições!”, disse.

O secretário respondeu que sabe das dificuldades.

“Sei que vocês são heróis por aturar esta situação há décadas. Desde que assumi a SESP, e o DEPEN veio para nossa estrutura tenho trabalhado na construção de novos presídios e outras medidas paralelas conforme está no post. Dependo da liberação de recursos, de obediência à lei de licitações – prazos, recursos, etc – entre outras questões. Estamos trabalhando firmemente, em 2018 já há varias inaugurações previstas, começará a sentir o efeito, além das obras modulares”, afirmou.

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