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Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.
Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.| Foto:

Beto Richa tinha dois possíveis grandes adversários na corrida para o Senado neste ano. Um deles, o ex-governador e desafeto máximo, Roberto Requião. O outro, que ninguém sabe se será mesmo candidato, o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato.

Esses três nomes seriam os mais prováveis para disputar as duas vagas disponíveis. Claro: há mais gente na briga, e alguns com cacife respeitável, como Christiane Yared, Ney Leprevost e Rubens Bueno. Mas os cachorros grandes parecem ser esses três.

Agora, Roberto Requião anuncia que não será candidato ao Senado. Que pretende disputar (pela sexta vez!) o governo do estado. Isso abriria uma avenida para Beto Richa. Mesmo que Deltan saia candidato, ele estaria em boa situação na disputa.

Leia mais: Requião havia dito ao PT ainda nesta semana que não seria candidato

Isso poderia levar o governador a se decidir de uma vez pela renúncia ao atual mandato, em abril. Se tinha algum receio de entrar na corrida e passar vexame, essa seria a melhor notícia para ele. Portanto, grande notícia para Cida Borghetti e Ricardo Barros, que estariam a um passo de colocar as mãos no governo do estado.

Em entrevista à BandNews FM, nesta quinta, Beto negou que haja relação entre uma coisa e outra. Sabe-se lá se esse é seu discurso nos bastidores.

Mas… Requião é uma águia do jogo político. No Paraná, talvez só Alvaro Dias entenda tanto quanto ele das manhas envolvidas numa eleição. Não é à toa, afinal, que alguém se elege três vezes governador de um estado de 11 milhões de habitantes.

E se ele estiver fazendo isso justamente para provocar a renúncia de Beto? E depois desistir do governo e for mesmo ao Senado? Será que o ex-governador é maquiavélico a esse ponto?

Beto Richa tem uma decisão difícil nas mãos. E que agora passa por entender seu eterno desafeto, seu principal rival na política local desde que assumiu como governador: Richa terá que “ler” com atenção os movimentos de Requião para não dar um grande passo em falso, que pode levá-lo a uma eleição incerta.

Requião, por sua vez, não tem muito a perder. Não precisa renunciar a nada e pode tomar a decisão que quiser até o dia da convenção, em julho. Por enquanto, assiste a tudo de camarote, falando o que quer e mexendo com a cabeça dos adversários.

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