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Sem vereador para votar em Curitiba? Entre aqui, urgente
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Neste domingo, Curitiba vai escolher o prefeito, todo mundo sabe. Seu voto terá pouquíssimo peso. Há economistas inclusive que brincam que votar numa eleição grande como essa não faz a menor diferença. Uma piadinha que corre entre eles diz que o professor de economia pego na cabine de votação tem de explicar: foi alguém da família que obrigou ele a ir.

Faz um certo sentido. Mesmo eleições “apertadas” em grandes colégios são decididas por milhares de votos. Em 2010, por exemplo, Requião ganhou o governo de Osmar Dias por um fio de cabelo: foram 10 mil votos. Mesmo assim, se um fulano requianista não tivesse votado, o resultado seria igual. (Claro que isso serve só num modelo individualista: se todo mundo levasse essa regra a sério, a coisa seria diferente e nem haveria democracia.)

Mas há uma eleição que também ocorre neste domingo e que precisa ser levada igualmente a sério. E nela seu voto conta muito mais. Há 38 vagas de vereador em disputa. Ou seja: toda a Câmara se renovará. E isso significa escolher as pessoas que farão as leis do município: inclusive as que o prefeito terá de seguir. Escolher quem fará o orçamento: inclusive o que o prefeito usará. E as pessoas que fiscalizarão (ou não) o prefeito em seu trabalho.

Há um fetiche pelo Executivo. Falamos só da prefeitura. Mas a Câmara é decisiva para criar políticas inclusivas – ou para excluir. Para aprovar um orçamento que garanta investimentos – e para frear o mau uso do dinheiro público. A Câmara deveria ser o verdadeiro espaço da democracia, inclusive para se opor ao poder excessivo que o prefeito tem. Mas não ligamos.

E se provavelmente o seu voto não faz muita diferença na disputa para prefeito, na disputa pela Câmara, o potencial de você ser decisivo se mulitiplica. Enquanto um prefeito de Curitiba precisa de meio milhão de votos para se eleger (quase vinte estádios de futebol lotados), um vereador pode bem se eleger com 3 mil votos: há condomínios com mais gente, há escolas com mais alunos.

Por acreditar profundamente nesse poder da Câmara e na importância do voto para vereador, a Gazeta publicou um aplicativo que exigiu um esforço imenso do jornal e de pesquisadores de três universidades: UFPR, Uninter e PUC. Lá, você pode ver quem quer Uber, quem entendeu que reduzir a velocidade dos carros evita acidentes, quem quer restringir fumo em áreas públicas. Demora um minuto. E você pode ajudar a cidade a ser mais parecida com o que você deseja pelos próximos quatro anos.

A Câmara de Curitiba melhorou nos últimos quatro anos. Nos livramos de uma gestão que acabou nas páginas policiais e as coisas andaram no rumo da transparência. Mas a Câmara ainda tem vereadores acusados de racismo, assédio sexual, estupro; é machista, conservadora e homófoba; é provinciana, corporativista e clientelista; não fiscaliza o prefeito e não está à altura dos nossos desejos.

Recentemente os próprios vereadores disseram que se envergonham de muita coisa que acontece lá: projetos absurdos, falta de iniciativa, vereadores votando uns pelos outros. Está na hora de mudar isso. Veja em quem você vai votar: não vote só por seu seu vizinho, por ser bonito ou porque conhece do rádio. Veja quais são as propostas. Não vote pegando santinho na rua na última hora nem com dicas de quem às vezes foi pago para isso.

Vai lá. Acessa o teste. Dá tempo.

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