Uma situação inusitada em Curitiba. Depois da chegada do Uber, há taxistas insistindo com a Urbs para que o município deixe de lado a data de reajuste da tarifa neste fim de ano. Mais do que isso: pedem que, ao invés de aumentar, a prefeitura reduza a bandeirada e a tarifa por quilômetro.
Na sexta-feira passada, um grupo de taxistas se reuniu informalmente para conversar sobre o assunto. “Melhor a gente ter bastante corrida e ganhar na quantidade do que botar a tarifa pra cima e ficar parado no ponto”, disse um taxista ouvido pelo blog.
Todos os anos, a prefeitura determina o aumento automático da tarifa em dezembro, com base na inflação do período.
O sindicato dos taxistas diz que não há nenhuma decisão, nenhuma proposta já definida. “Conversamos para discutir a situação. Temos a crise econômica e os carros piratas. Precisamos pensar o que fazer”, diz Abimael Mardegan, presidente do sindicato.
Os taxistas também dizem que a redução da tarifa traria uma vantagem prática: a dívida da outorga que os novos permissionários têm com a Urbs é medida em quilômetros rodados, de acordo com a tarifa técnica. A cada ano, eles precisam pagar a o equivalente a 500 km para a prefeitura. Se a tarifa não subir, a dívida também não sobe.
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