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Bolinha, Nego Adão e os supersticiosos do futebol

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Esportes Gazeta do Povo
02/06/2017 18:29 - Atualizado: 27/09/2023 20:00
Bolinha, Nego Adão e os supersticiosos do futebol

A superstição é uma prática que se diferencia de outras atitudes com fundo místico e quase religioso por ser de foro íntimo. Ou, por outra, não tem aceitação comum da maioria.

O hábito é antigo e já se dançava nos dias consagrados a Diana para que a caça fosse abundante ou para que os grãos germinassem com facilidade.

O costume de decorar as residências no Natal com árvores e enfeites é uma sobrevivência dos ritos mágicos da fertilidade no passado profundo da humanidade.

Entrar em algum lugar com o pé esquerdo ou passar por baixo de escada são evitáveis por muita gente.

LEIA MAIS: A grande viagem, a despedida do jornal impresso

Mas a sexta-feira, considerada até bem pouco tempo dia-tabu, não é mais levada a sério e muito menos o gato preto que passa a nossa frente em noites de luar. Entretanto, existem alguns que tiram a sorte, consultam cartomantes, acreditam em mau-olhado e horóscopos. São práticas supersticiosas comuns do nosso tempo.

Os futebolistas são conhecidos como grandes supersticiosos. O desejo de ganhar uma partida mexe com o imaginário de dirigentes, técnicos, jogadores e torcedores. Um trabalhinho sempre ajuda, dizia o massagista Bolinha, do Atlético. Ainda mais se tiver galinha preta no meio.

Hélio Alves, o Feiticeiro do futebol paranaense, mandava o seu auxiliar Saracotê enterrar sapo atrás do gol e enchia o vestiário de velas e amuletos.

O raminho de arruda atrás da orelha era ornamento obrigatório para o Feiticeiro.

A primeira ideia que o amuleto nos traz à mente é a de afastar o azar e trazer a sorte. Figas, ferraduras, pé de coelho ou olho de boto são bem vindos.

O cachorro Biriba que entrava em campo com o time do Botafogo na época de Carlito Rocha entrou para o folclore do futebol.

Adão Plínio da Silva, o Nego Adão, ex-jogador e técnico do Coritiba em 1967, afastava-se da mesa com os jogadores por alguns minutos, logo após o almoço em dia de jogo, no restaurante do Pasquale, no Passeio Público. Uma vez, o diretor Munir Caluff resolveu seguir o treinador escondendo-se entre as árvores do belo recanto. Flagrou o Nego Adão conversando com o leão que se movimentava dentro da jaula.

Munir quis saber como é que ele conversava com o leão e o treinador explicou: “Em dia de jogo importante, como será o Atletiba de hoje, eu venho conversar com o Rei das Selvas. Quando ele mostra os dentes é porque o Coxa vai ganhar”. O dirigente ficou interessado e quis saber a reação do leão naquele dia e o Nego Adão, sorridente, informou: “Ele sorriu para mim e ainda deu uma piscada”.

Placar do jogo na Vila Capanema: Coritiba 5 x 0 Atlético.

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