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Carneiro Neto
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Boas recordações

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Esportes Gazeta do Povo
07/07/2017 13:39 - Atualizado: 27/09/2023 19:42
29/06/1958 - O jogador brasileiro Bellini, capitão da equipe, levanta a Taça Jules Rimet, conquistada pelo Brasil após bater a seleção da Suécia por 5 a 2 no estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia).
29/06/1958 - O jogador brasileiro Bellini, capitão da equipe, levanta a Taça Jules Rimet, conquistada pelo Brasil após bater a seleção da Suécia por 5 a 2 no estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia).

No meio do ano são relembrados os feitos da seleção brasileira de futebol através dos tempos.

São as boas recordações das conquistas dos cinco campeonatos mundiais.

Curiosamente nas duas edições do evento no Brasil a seleção decepcionou. Impacto mais doloroso em 2014, após goleadas acachapantes para Alemanha e Holanda, do que em 1950, quando o time verde-amarelo caiu na final por um desses misteriosos sortilégios da bola.

Como os acontecimentos são feitos de paradoxos a proximidade da Copa na Rússia começa a mexer com a torcida nacional que anda otimista com a equipe formada por Tite. O experiente treinador devolveu confiança aos novos valores que corresponderam com a classificação antecipada.

Nesta época do ano são exaltados os feitos dos melhores craques que o país produziu.

É antiga a discussão em torno do qual time foi o mais completo. A meu ver, foi o da conquista do primeiro título mundial em 1958. De Gilmar a Zagallo todos foram irrepreensíveis, com destaques especiais para Didi, Garrincha e Pelé que barbarizaram nos campos suecos.

A seleção ganhou o bicampeonato no Chile em um torneio reconhecidamente de baixo nível técnico.

A conquista do tri no México aproximou muito o time de 1970 da perfeição de 1958. Pelé, doze anos mais velho, comandou verdadeira sinfonia futebolística com Gérson, Tostão, Jairzinho, Rivellino e outros.

Nos 24 anos que separaram o tri do tetra, surgiu uma geração que mesmo derrotada pela Itália em Barcelona é reverenciada pela arte na Copa de 1982. Muitos têm saudade do raro talento de Zico, Cerezzo, Falcão, Sócrates e outros.

Se Romário ganhou nos pênaltis a Copa de 1994, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e o paranaense Kléberson arrancaram suspiros e aplausos internacionais na bela campanha do penta em 2002.

Foram momentos mágicos que mexeram com estudiosos e intelectuais da realidade brasileira levando-os a pensar neste enigma perturbador: como é que um povo que se tem em tão baixa estima, que se sente humilhado pela corrupção do sistema político e inseguro pelas constantes crises econômicas, um povo travado por tantos problemas de identidade, apático, consegue produzir uma seleção de futebolistas aptos a trabalhar duramente enfrentando a descrença da maioria e confrontando-se com as melhores equipes mundiais conseguiu impor-se como o maior vencedor da história.

O frêmito de emoção que varreu o país em cada conquista, unindo os brasileiros de todas as classes, regiões e condições, fazendo-os pulsar como um só coração, dissolveu todo o cinismo, todo o ceticismo, todo o pessimismo que corrói no rançoso dia-a-dia a nossa crença no pleno êxito da Pátria.

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