O melhor Atlético, Coritiba e Paraná de todos os tempos
Em um desses almoços de sábado entre amigos, futeboleiros e torcedores de todos os matizes, o grupo de coxas me pediu para escalar os melhores jogadores do Coritiba de todos os tempos.
Como se trata de um clube centenário, argumentei que seria impossível indicar o time dos sonhos sem cometer injustiças. Por outro lado, é desaconselhável escolher jogadores que não vimos jogar. Esse negócio de ouvir dizer, o meu avô contou ou está registrado na história, não tem nada a ver com a verdade do futebol.
Mas chegamos num acordo: tentar formar o melhor time dos últimos 50 anos.
Todos os presentes acompanham jogos há mais de meio século e cada um começou a dar os seus pitacos. Coisa de amador, claro.
Coritiba
Mas, pelo que vi muito de perto e tentando ser o mais coerente possível, cantei o meu Coxa de 1967 para cá: Rafael; Hermes, Miranda, Claudio e Dida; Hidalgo, Negreiros e Tostão; Krüger, Zé Roberto e Aladim. E emendei com Enio Andrade como o melhor técnico. Houve quem lembrasse de Tim, assim como Jairo no gol, Orlando na direita, Oberdan na zaga, Nilo na esquerda, Leocádio pelo meio e Lela no ataque.
Ponderei que toda escolha é pessoal, do mesmo jeito que considero Dirceu e Alex as maiores revelações do Coritiba, só que brilharam intensamente em outras equipes.
Dirceu chegou a disputar três Copas do Mundo e foi eleito o terceiro melhor jogador do mundial de 1978, na Argentina.
Paraná
Depois, atendendo inúmeros pedidos, passei para o Paraná de todos os tempos: Régis; Gil Baiano, Marcão, Edinho Baiano e Ednélson; Hélcio, João Antonio e Ricardinho; Maurílio, Saulo e Serginho. Técnico principal: Otacílio Gonçalves.
Por ser um clube novo tornou-se fácil a opção pelos maiores destaques, se bem que Balú, Gralak, Adoílson, Paulo Miranda, Ilan, Carlinhos, Caio Junior, Borges, Thiago Neves e outros foram lembrados com entusiasmo.
Atlético
E chegamos ao Atlético, cujo apelido é Furacão, por causa do super-time de 1949. Por isso considero importante dividir a história em duas partes, pois nenhum dos presentes tinha idade suficiente na época para admirar os feitos de Caju, Laio, Zanetti, Nilo, Viana, Jackson ou Cireno.
Portanto, fiquemos com os últimos 50 anos: Roberto Costa; Djalma Santos, Bellini, Nem e Ladinho; Fernandinho, Kléberson e Adriano; Sicupira, Alex Mineiro e Kleber. Por óbvio o campeão brasileiro Geninho foi o melhor técnico.
O goleiro Caju foi convocado para disputar o Campeonato Sul-Americano como titular da seleção brasileira em 1942; Kléberson foi chamado para a Copa do Mundo de 2002, tornou-se titular e voltou consagrado como pentacampeão mundial.
Weverton conquistou a inédita medalha de ouro olímpica, mas nenhum goleiro foi superior a Roberto Costa, que nas transmissões radiofônicas eu chamava de “Mão de anjo”, após cada defesa que parecia impossível.
Menções honrosas para os goleiros Marola, Ricardo Pinto, Flávio e o atual Weverton. Assim como justas homenagens a Alfredo, Julio, Nilson, o Casal 20 – Washington e Assis -, Nivaldo, Gustavo, Jádson, Washington, Paulo Baier e outros que permanecem no imaginário do torcedor atleticano.
Recordar é viver.
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