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A sobrevivência dos bucólicos campeonatos estaduais

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Carneiro Neto
22/01/2018 13:05 - Atualizado: 27/09/2023 19:35
Detalhe do jogo entre Atlético e Maringá, no sábado (22).  Público total de  6.515 pessoas. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Detalhe do jogo entre Atlético e Maringá, no sábado (22). Público total de 6.515 pessoas. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Exceto o Campeonato Paulista, que se impõe pelo poder econômico dos times da capital e do rico interior do estado que possui um PIB superior ao da Argentina, os demais estaduais sofrem lento e gradual processo de esvaziamento.

Mas não deixa de chamar atenção a luta pela sobrevivência dos bucólicos campeonatos estaduais.

O Brasil é o único país do chamado Primeiro Mundo do futebol que, além do campeonato nacional e da copa que se assemelha as copas disputadas pelos europeus, que possui um torneio em cada estado da Federação.

Seria, por exemplo, na Itália com torneios na Lombardia, Toscana, Lácio, etc. ou na Espanha em Castilha, Galícia, Andaluzia e outras províncias.

Inconcebível e antieconômico nos tempos modernos.

Entretanto, por interesses políticos da CBF e das federações, contando com a omissão da maioria dos clubes, os estaduais continuam sendo disputados, atrapalhando a execução de uma pré-temporada decente e profissional.

Por isso que baixou assustadoramente o nível técnico do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.

Claro, com uma pré-temporada mal elaborada e com o calendário pesado para os clubes que participam das competições continentais, como Libertadores e Sul-Americana, não se pode exigir outra coisa da maioria dos competidores.

Além, é óbvio, do êxodo de jogadores que empobreceu os clubes brasileiros nos últimos anos.

E os bucólicos, simples, graciosos e puros estaduais, que no passando encantavam os torcedores e embalavam os sonhos dos jogadores, representam o passado que, teimosamente, não quer mudar. Ou seja, aquele nosso país antigo que possuía comunicações deficientes, poucos aeroportos, sem estradas modernas, que burramente abandonou o transporte ferroviário para atender aos interesses das grandes empreiteiras e das montadoras de automóvel com a indelével participação de políticos corruptos, em vez de ter criado um campeonato nacional como se faz há mais de cem anos na Europa optou pela regionalização.

Somente à partir de 1971 foi que se consumou a realização de um Campeonato Brasileiro. Mas os anacrônicos estaduais sobrevivem.

E o Paranaense 2018 teve o seu inicio na quarta feira com a derrota do Paraná para o representante de Francisco Beltrão. Sinal de que o treinador Wagner Lopes terá muito trabalho para recompor o elenco tricolor depois da debandada dos principais jogadores que participaram da vitoriosa campanha do retorno a série A brasileira.

Sábado, com o time aspirante, o Atlético venceu o Maringá, na Arena da Baixada, com apenas seis mil espectadores.

Algumas contratações foram efetuadas e aguarda-se a apresentação da formação principal para as devidas avaliações. Inclusive do jovem e moderno técnico Fernando Diniz.

Também com cerca de seis mil pagantes o Coritiba estreou empatando com o bravo Prudentópolis no Alto da Glória.

Mesmo com o ataque principal para esta temporada – a explosiva dupla Kleber e Alecsandro – o Coxa não conseguiu superar o inexpugnável sistema defensivo adversário e sair vitorioso sob o comando de Sandro Forner.

No Coritiba tudo é novo: da diretoria ao ponta esquerda.

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