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A grande obra de Einstein completa 100 anos
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Há um século, o físico Albert Einstein publicou o primeiro dos artigos em que descreve a Teoria Geral da Relatividade. O modelo descrito transformou a visão de mundo de muita gente.

A ideia desse cara é uma das mais geniais de todos os tempos, mas também muito pouco compreendida. São poucos os privilegiados que conseguem decifrar essa teoria que propõe descrever como o espaço-tempo interage com a matéria ao longo do universo.

Eu confesso que, quando era estudante do ensino médio e, depois, no curso de Engenharia Química, tentei em vão compreender profundamente as explicações do físico. O máximo que consegui foi entender superficialmente algumas explicações prosaicas para desvendar pontos da teoria.

Um exemplo é aquela sacada de que o tempo pode passar mais rápido para uns e mais devagar para outros. Trocando em miúdos: quando um corpo está em movimento, o tempo passa mais lentamente para ele.

Lembra a história do filme Planeta dos Macacos, adaptado do romance do escritor francês Pierre Boulle? É a história de uma expedição interplanetária comandada por George Taylor (Charlton Heston), que tem como missão comprovar que, se a nave viajasse na velocidade da luz [1,07 bilhão de km/h], o tempo passaria mais devagar para eles do que para quem ficou na Terra.

Após 18 meses da partida, a nave cai num planeta desconhecido [que, na verdade, não é outro senão a Terra] no ano de 3978.

O astrofísico americano Richard Gott, autor do livro Time Travel in Einstein’s Universe (Viagem no Tempo no Universo de Einstein, inédito no Brasil), prevê que uma viagem de 24 anos a uma velocidade próxima à da luz seria suficiente para, na volta, encontrarmos a humanidade 1000 anos mais velha.

O que Einstein nos legou, entre outras coisas, foi o conhecimento da desaceleração do tempo causada pelo movimento. Para explicar isso existe também aquela anedota dos gêmeos: o irmão que embarcou em uma aeronave quase tão rápida quanto a luz para uma viagem a uma estrela distante irá voltar da jornada mais jovem do que seu irmão gêmeo que ficou paradinho na Terra.

Outra explicação simplória, mas que até hoje me diverte, é aquela baseada no fato de que em alguns tipos de brinquedo comum em parques de diversões, a rotação da máquina mantém as pessoas grudadas na parede pela força centrífuga, como se houvesse uma “gravidade artificial”. Na explicação de Einstein a gravidade real também funciona assim. O Sol curva o espaço ao seu redor e mantém a Terra em sua órbita, “grudada”, como no exemplo do brinquedo.

Einstein também nos revelou que, quanto maior a gravidade, mais lento é o ritmo da passagem do tempo.

Eu gostaria de ter entendido muito mais as ideias desse cara que teve papel decisivo no desenvolvimento da bomba atômica. Ainda bem que, anos mais tarde, ele confessou ter se arrependido. “Eu cometi o maior erro da minha vida”, disse.

Gosto de ler um livro de autoria de Einstein, intitulado Como Vejo o Mundo. Na obra, o cientista aborda questões como o sentido da vida, a liberdade, a moral, a religião, o desejo pela paz. Uma leitura e tanto para as férias de verão.

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