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Cartaz da campanha de 1989.
Cartaz da campanha de 1989.| Foto:
Cartaz da campanha de 1989.

Cartaz da campanha de 1989.

Em 1989, quando Lula despontava nas eleições presidenciais, muitos petistas diziam que o PT precisava de 20 anos no poder para fazer as mudanças que o Brasil precisava.

Com a derrota de Mário Covas e Brizola no primeiro turno, o plano petista de ficar duas décadas no comando do país passou a ser considerado uma profecia.

A disputa com Fernando Collor representava a luta do bem contra o mal. A grande maioria dos artistas brasileiros – na música, no cinema, no teatro, na literatura – intelectuais, esportistas e líderes dos movimentos sociais se uniram em torno da estrela vermelha.

Chico Buarque, Djavan, Caetano Veloso, Gil, Antonio Fagundes, Lucélia Santos, Bety Faria, Felipe Camargo, Reginaldo Faria e tantos outros ídolos embalavam o povo ao som de Sem Medo de Ser Feliz, o hit da campanha.

Mas o conservadorismo falou mais alto. O “caçador de marajás” Fernando Collor, com apoio das elites, iludiu as massas e se tornou o primeiro presidente eleito do Brasil após a ditadura militar. Tudo terminou com uma tragédia política e a renúncia de Collor por corrupção.

O fracasso de Lula foi o suficiente para as previsões fatalistas. O PT estaria morto e Lula voltaria a ser simplesmente um líder sindical. E o clima de derrotismo tornou-se mais desesperador com a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994.

Foram necessários 13 anos de espera para que, finalmente, Lula triunfasse. E com a vitória em 2002 voltou a profecia dos 20 anos de poder.

Depois de 8 anos de Lula no poder, denúncias do mensalão e dificuldades em vários setores, a dúvida de muitos petistas era se Dilma venceria em 2010. Não foi difícil. Com isso, os petistas garantiram 12 anos no governo.

Nas contas da profecia, até agora faltavam 8 anos para os 20. Mais quatro foram garantidos com a reeleição de Dilma, pelo menos no sonho dos petistas. Os outros quatro para fazer cumprir a profecia estariam assegurados com a terceira eleição de Lula. A candidatura do ex-presidente daqui há quatro anos, previam os profetas, seria imbatível.

O que ninguém contava era com o impeachment, ou golpe, como muitos classificam a cassação de Dilma.A profecia não se cumpriu e o sonho acabou.

Agora, Lula diz que, se depender dele, não será candidato. Mas quem decide é o PT, o que significa que pode ser candidato. Mas falta combinar como a biologia (para quem crê na ciência), com Deus (para os crentes) e com a Lava Jato, que já demonstrou clara intenção de impedir a candidatura.

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