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Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
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O vice-presidente Michel Temer, substituto de Dilma na Presidência da República em caso de impedimento da presidente, foi citado diversos vezes como beneficiário dos esquemas de corrupção investigados na Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem o rol de acusações contra Temer, mas não sinalizou se fará denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma planilha apreendida pela Operação Lava Jato após a prisão de três diretores da Camargo Corrêa, em 2014, aponta para Temer. O documento relaciona o atual vice-presidente da República a dois pagamentos de US$ 40 mil por projeto de pavimentação na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo, além da duplicação de uma rodovia em Praia Grande, litoral paulista, estimados em US$ 36 milhões.

No ano passado, o nome de Temer reapareceu nas investigações. Desta vez, Júlio Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, afirmou em delação premiada à Lava Jato que o lobista Fernando Baiano era operador da cota do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, representando, entre outros, Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Nas duas acusações, Temer nega qualquer envolvimento com irregularidades.

Temer também apareceu ligado à OAS. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou indícios de que o vice-presidente teria recebido R$ 5 milhões do presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro. O empresário foi condenado a 16 anos e 4 meses de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato.

O vice-presidente confirmou, em nota, ter recebido R$ 5,2 milhões da empreiteira e diz que foram doações ao PMDB devidamente registradas no partido e na prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A última citação de Temer na Lava Jato, que veio a público, foi registrada em fevereiro deste ano. O senador Delcídio do Amaral (MS), em acordo de delação premiada, disse que Temer esteve envolvido em um caso de aquisição ilícita de etanol por meio da BR Distribuidora, ocorrido entre 1997 e 2001, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O vice-presidente também negou à imprensa qualquer participação no caso da BR Distribuidora.

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