• Carregando...
Imagem de Hans Wuerich divulgada nas redes sociais circulou o mundo. Reprodução Facebook
Imagem de Hans Wuerich divulgada nas redes sociais circulou o mundo. Reprodução Facebook| Foto:

Imagem de Hans Wuerich divulgada nas redes sociais circulou o mundo. Reprodução Facebook

Hans Gerhard Wuerich Larios era um desconhecido na Venezuela. Mas tudo mudou para ele nas últimas semanas.

A transformação na vida deste jovem de 27 anos, morador de Caracas e formado em Comunicação Social, ocorreu após uma atitude inusitada: durante um confronto de manifestantes contra o governo Maduro com a Guarda Nacional Bolivariana (GNB), no último dia 20 de abril, ele tirou as roupas e decidiu enfrentar os guardas somente com uma Bíblia em punho.

O ato caiu instantaneamente nas redes sociais e na grande mídia. Foi o suficiente para ganhar reportagens de página inteira em veículos de comunicação internacionais, como os jornais The New York Times e El País.

A atitude de Hans foi considerada heroica pelos oposicionistas que protestam nas ruas. Do lado chavista, como não podia ser diferente, foi motivo de críticas e até de deboche. Maduro reagiu também de forma inusitada. “Eles não têm limite para ridicularizar essas pessoas, todos os dias um show, que coisa feia, certo? Terrível! Um filme de terror. Não tem outra coisa a fazer do que rir. Menos mau que não lhe caiu um sabonete, porque aquela imagem teria sido detestável, horrenda”, disse o presidente.

A resposta de Hans a Maduro veio rápida: “O escárnio é usado pelo complexado e ignorante para se sentir mais sábio (…) para que continue burlando. Se você realmente tem alguma misericórdia em seu coração pelo povo venezuelano, que abra para as pessoas um canal humanitário e proporcione alimentação suficiente para todo o país”.

Hans disse que tirou a roupa para mostrar as marcas de balas de borracha em seu corpo.

A história da família de Hans é marcada por fugas, segundo ele contou aos jornalistas. Seus avós paternos fugiram da Alemanha para a Argentina durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, nos anos 1970, seu pai teve de sair da Argentina por pressão da ditadura militar. O novo país escolhido para viver foi a Venezuela.

Para os chavistas, o episódio envolvendo Hans se trata de “fundamentalismo religioso”, já que, ao usar a Bíblia, tenta explorar a fé religiosa das pessoas para fins políticos. E que aos 27 anos ele deveria estar trabalhando para ajudar o país.

Hans diz que trabalha ajudando seus pais e que não é evangélico. Diz que passou a ler a Bíblia há quatro anos por problemas extremos que aconteceram em sua vida.

Reprodução – Facebook

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]