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Paulo Pinto/Fotos Públicas
Paulo Pinto/Fotos Públicas| Foto:

No dia seguinte ao julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal (TRF4), em Porto Alegre, o PT vai dar a largada para a eleição à Presidência das República. Qualquer que seja o resultado, o vice-presidente do partido, Alexandre Padilha, diz que a candidatura de Lula será registrada no dia 15 de agosto e que não há nenhum nome como alternativa para substituir o ex-presidente no decorrer da campanha eleitoral. De Porto Alegre, onde se encontra para as manifestações em defesa do petista antes do julgamento do dia 24, Padilha falou dos planos do PT.

Qual será a estratégia do PT após o dia 24?

No dia 25 de janeiro vai haver uma reunião da executiva nacional do PT com todas as lideranças do partido, governadores, senadores e prefeitos para reafirmar a candidatura do Lula, independentemente de qual for o resultado do TRF4.

Então a decisão já está tomada?

Existe um consenso dentro do partido, com as lideranças, a última reunião do Diretório Nacional reafirmou esse consenso, que vamos com a candidatura Lula até o final

A candidatura será registrada no dia 15 de agosto?

Esse é o prazo final para o registro das candidaturas. Nós vamos reafirmar a candidatura.

Já existe um esboço da campanha?

Nós construímos um grupo de trabalho do PT nacional para avançar na candidatura e já temos um coordenador do programa de governo, que é o ex-prefeito Fernando Haddad. Esse grupo de trabalho vai começar a mapear palanques regionais, alianças nos estados, vamos colocar mais o bloco na rua.

Que cenário o PT espera para a disputa?

A única candidatura consolidada e líder das pesquisas hoje é a do ex-presidente Lula. Isso nos dá força tanto para formar uma aliança nacional como nos estados. As outras forças políticas não conseguiram construir suas candidaturas e têm disputas internas. Todos aqueles que semearam o ódio e a intolerância no país só colheram o Bolsonaro.

Iniciamos os debates para uma profunda reforma tributária, que reduza os impostos da classe média e da classe trabalhadora e eleve impostos sobre grandes heranças e grandes fortunas, além de um aperto aos sonegadores. Outro foco são os debates sobre segurança pública no sentido de propor uma saída diferente da que propõe o Bolsonaro, que prega o armamento. 

Com quem serão feitas coligações? E o candidato a vice?

Essa é uma construção a ser feita, tanto do ponto de vista nacional quanto nos palanques regionais.

Se o Lula for condenado pelo TRF4 e lá na frente o TSE decidir que o ex-presidente não pode ser candidato, existe um plano B?

De forma alguma. O Lula é o plano A de pelo menos metade do povo brasileiro. Por outro lado, estamos convencidos de que se o TRF4 não tomar uma decisão coerente com as próprias decisões anteriores do tribunal – em outras decisões o TRF4 estabeleceu que o proprietário de um imóvel é quem tem o registro do imóvel –, que é a absolvição do ex-presidente, nós vamos lutar em todas as frentes possíveis. Seria uma incoerência o tribunal considerar que o triplex do Guarujá é do Lula mesmo diante das provas de que o imóvel pertence à OAS.

Então não se cogita uma substituição lá na frente?

Não há qualquer possibilidade sobre essa questão. Nós estaremos com o Lula até o dia primeiro de janeiro de 2019, quando nós vamos colocá-lo na rampa do Palácio do Planalto para ele voltar a governar o país.

Qual será a linha de programa de governo?

Iniciamos os debates para uma profunda reforma tributária, que reduza os impostos da classe média e da classe trabalhadora e eleve impostos sobre grandes heranças e grandes fortunas, além de um aperto aos sonegadores. Outro foco são os debates sobre segurança pública no sentido de propor uma saída diferente da que propõe o Bolsonaro, que prega o armamento. E há ainda a retomada dos direitos que foram retirados dos trabalhadores e a recolocação do Brasil nas grandes decisões internacionais.

Qual será o maior adversário do Lula na campanha?

O maior adversário são os responsáveis pelas medidas que retiraram direitos dos trabalhadores, que congelaram recursos de educação, que reduziram o papel do Brasil no mundo. Nosso principal adversário é o desastre econômico e social provocado pelo Temer, com apoio do Alckmin e do DEM.

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