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Wagner Moura em cena na pele do narcotraficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação/Netflix.
Wagner Moura em cena na pele do narcotraficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação/Netflix.| Foto:
Wagner Moura em cena na pele do narcotraficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação/Netflix.

Wagner Moura em cena na pele do narcotraficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação/Netflix.

Um pequeno trecho de uma longa entrevista do ator Wagner Moura ao jornalista e deputado federal Jean Wyllys (Psol), publicada há mais de um mês na revista Top Magazine, continua sendo reproduzido por sites considerados alternativos à grande imprensa e nas redes sociais.

Wagner Moura dispensa apresentações. Para encurtar, é o cara do premiadíssimo Tropa de Elite (2008) e que agora está em evidência com a série Narcos, da Netflix, em que vive o personagem Pablo Escobar – considerado maior narcotraficante da história.

Na entrevista a Wyllys, o ator falou de arte e cultura, mas deu as suas passadas pela política. E aí entra o texto que, na linguagem da web, viralizou.

A fala de Moura não deixa de ser uma “espinafrada” em quem só vive de maniqueísmo.

“O que eu acho que acontece hoje no Brasil é muito pobre das duas partes, tanto da direita quanto da esquerda. É pobre demais a conversa, sabe?! ‘Petralha’ , ‘coxinha’…

Eu dei uma declaração que gerou polêmica, que foi uma declaração mal escrita pelo jornalista Merten [Luiz Carlos Merten, de O Estado de S. Paulo)]. Segundo ele eu teria dito que não dá mais pra viver no Brasil. Eu nunca disse isso! Se eu quisesse ir embora do Brasil, já teria ido há muito tempo. Eu moro no Brasil, minha família mora no Brasil, meus filhos moram aqui, moram na Bahia. Mas eu disse que estava feliz de não estar aqui durante a eleição e tudo que está acontecendo agora. E essas declarações que eu dei quando lancei o ‘Praia do Futuro’ repercutiram tanto de um lado quando de outro. Eu tomei porrada dos dois lados, tanto do Rodrigo Constantino quanto do Jorge Furtado. E as duas porradas, as duas punições, me pareceram burras. As duas me pareceram pobres, porque na época eu denunciava… a direita já começava a ficar burra, o governo já apresentava fragilidades, mas foi antes do chamado ‘Petrolão’, antes dessa crise toda. E eu dizia que o Brasil caminhava pra um conservadorismo que hoje em dia é muito mais forte do que estava em 2014. Eu falava do recrudescimento da direita no Brasil, mas falava também desse maniqueísmo burro que se instalou no Brasil.

Como eu disse, se algumas posições definem uma pessoa de esquerda, então eu sou de esquerda, mas não sou ideologicamente imbecil, eu não sou um idiota. Só uma pessoa idiota, mesmo – talvez agora eu deva estar pegando pesado -, só um imbecil ideologicamente cego não está vendo que existe um evidente problema no governo, que existe uma crise violenta de corrupção, de valores. Eu sempre me lembro daquele livro Corações Sujos, aquele livro dos japoneses que se recusavam a acreditar que o Japão havia perdido a guerra. Quando alguém me diz ‘o mensalão é uma invenção’, eu não sei o que dizer. E ao mesmo tempo não posso compactuar com esse golpismo, esse movimento de ultradireita, de elite, de gente rica. Outro dia ouvi uma frase ótima: ‘Felizes das pessoas que acham que a corrupção mora num partido’, ou seja, há quem acredite que assim que se tirar esse partido do poder a corrupção vai acabar. Que pessoas felizes, que coisa boa! Mas a pessoa que reflete, a pessoa que pensa, a pessoa que faz esforço pra pensar, ela não é feliz.”

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Leia aqui a íntegra da entrevista.

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