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Curta-metragem curitibano mistura ficção e documentário sobre os protestos de junho de 2013
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Em meio aos protestos que invadiram as ruas de cidades de todo o país em junho de 2013, um marqueteiro político precisa passar por cima de suas convicções pessoais para formular a resposta do governo que será apresentada pela própria presidente da República.

Essa é a premissa do curta-metragem curitibano Filhos deste solo, que estreia nesta quinta-feira (09) no III Festival de Cinema de Pinhais, em uma exibição gratuita às 19h20, no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann.

O filme foi produzido pela turma de pós-graduação em Cinema 2013/2014 da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Faculdade de Artes do Paraná (FAP), como trabalho de conclusão de curso. Os profissionais se dividiram entre as funções do projeto e desenvolveram – com a orientação e apoio da universidade – desde o roteiro até o lançamento do filme.  A direção conjunta é de Lucas Niero e Suellen Alves, com roteiro de Allan Oliveira.

A trama do curta pode parecer datada, mas a discussão vem em boa hora, ainda mais em um novo momento de ebulição nas ruas, com o descontentamento de parte da população. Numa sacada interessante, o curta mistura ficção e documentário ao apresentar várias imagens reais dos protestos e manifestações em 2013 e tentar transportar para dentro de uma família ficcional o impacto desse momento. A inserção dos registros reais, em uma montagem acelerada, dá mais dinamismo à trama, além de reforçar o impacto do curta também como um registro histórico.

A história gira em torno de três personagens masculinos, que representam, respectivamente, três fases atravessadas pelo país: ditadura, abertura democrática e as manifestações de junho de 2013. A trama vai e volta no tempo para acompanhar a trajetória de João, o protagonista, que foi manifestante estudantil durante a época das Diretas Já e agora precisa encarar o “outro lado”, como integrante do governo.

Apesar de ter sido desenvolvido como um trabalho de conclusão de curso, o curta está longe de sofrer do estigma de “filme de estudante”. A produção é caprichada e bem acabada, com atores profissionais e locações conhecidas dos curitibanos, como a Rua São Francisco e o Museu Oscar Niemeyer. O desenvolvimento do curta também teve um apoio de peso, com o cineasta carioca Luiz Carlos Lacerda (o popular “Bigode”, como é chamado) servindo como consultor.

Acompanhe a programação e mais informações sobre o Festival de Cinema de Pinhais, que segue até esta sexta-feira (10), no site oficial da prefeitura.

Veja abaixo o cartaz do curta:

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