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Depois de receber sondagens até do PSDB, o apresentador de televisão José Luiz Datena bateu o martelo e decidiu concorrer a prefeito de São Paulo pelo PP, partido de Jair Bolsonaro e Paulo Maluf. O mote da campanha será segurança pública e o vice da chapa, um delegado de polícia.

Um dos principais adversários de Datena será outro apresentador, Celso Russomanno, do partido da Igreja Universal, o PRB. O primeiro ganhou fama ao defender o povo dos bandidos em programas policialescos. O segundo, como patrulheiro do consumidor.

Nada contra nenhum dos dois. De verdade. Quem não gosta que troque de canal.

Aliás, Russomanno, que já concorreu a prefeito em 2012, mostra que a manobra do PP para atrair Datena nem é novidade. No Paraná, outro exemplo antigo: o desempenho de Ratinho Jr. há anos é umbilicalmente ligado à popularidade do pai, também apresentador.

Ainda assim, há algo de mais relevante na decisão de Datena. Ela simboliza o futuro da política pós-Lava Jato. E uma exacerbação do voto justiceiro.

Ninguém quer saber de políticos, muito menos de partidos. Por isso a solução dos partidos será cada vez mais buscar um showman que disfarce a existência dos partidos.

Você acha que o eleitor vai votar no PP ou no Partido do Cidade Alerta?

Trabalhar com essa confusão mental é o último instinto de sobrevivência para, no fundo, deixar tudo como está. Um candidato como Datena pode não ganhar, mas vai ajudar a eleger uma porção de vereadores do PP.

Partido que, aliás, está em todas – do mensalão ao petrolão. É só rodar as “ibagens”, como diria o chiliquento Datena, que você vai se lembrar.

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