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O desenrolar do Dia do Amigo comprovou que o “rompimento” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o governo Dilma Rousseff (PT) foi mais uma tacada para conquistar a opinião pública do que uma defesa prática das acusações de envolvimento com a corrupção na Petrobras. Ao espezinhar a presidente, Cunha só pensou em se aproveitar da febre antipetista. Jogou mais na passionalidade do que na racionalidade.

Em parte, deu certo. Nas redes sociais, ganhou hordas de novos seguidores. Nos corredores do Congresso, no entanto, a percepção é de que a estratégia tem prazo de validade.

Bater em Dilma não resolve o encaminhamento da Lava Jato. Eis que, três dias após o “rompimento” Cunha foi ao STF para questionar as investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro e pedir a anulação de provas contra ele.

É uma defesa de fato, mas que, levada à opinião pública, pode apagar todo o esforço de se associar ao antipetismo. Moro é, neste momento, o personagem político de maior popularidade no país. Todos os dias pipocam vídeos de manifestações espontâneas de apoio ao juiz.

Na guerra de Cunha, o movimento mais fácil foi entrar em batalha contra Dilma. Difícil é conseguir se manter por muito tempo na linha de fogo contra Moro.

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