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Crédito: Henry Milléo

Crédito: Henry Milléo

Texto do jornalista Diego Ribeiro:

Desde 2012, quando as Unidades Paraná Seguro (UPS) foram lançadas como carro-chefe da Segurança Pública do Paraná, o governo do estado promete ações multisetoriais nas áreas com maiores índices de criminalidade. Não é nova a ideia anunciada pelo secretário da Segurança Pública Fernando Francischini durante entrevista à Gazeta do Povo na edição desta quarta-feira. Até um termo de cooperação técnica entre secretarias estaduais, prefeitura de Curitiba e Ministério Público Estadual foi assinado para tentar tal atuação prometida em 2012. O ex-governador Roberto Requião tentou da mesma forma, com ações parecidíssimas, sem muito sucesso.
Por isso, fica uma dúvida no ar: os projetos falharam? Se a resposta for sim, a repetição do roteiro pode não ser a melhor alternativa.

É preciso atuar de forma maciça nas áreas com projetos que vão de orientação social, emprego, educação, capacitação, saúde, urbanismo, mas não da forma como tem ocorrido. A cada quatro anos, um rótulo novo para o óbvio, porém sem efetividade. Aparecem resultados de feiras de serviços, projetos esportivos esporádicos. Somente isso não vinga.

Podem argumentar que os resultados aparecerão em longo prazo. Aguardemos. Mas tentativa e erro viraram rotina ao longo dos últimos 20 anos no Paraná sob a batuta do mesmo discurso de que é necessário ações multisetoriais. Mesmo assim, homicídios sobem e descem ao longo dos anos e ninguém conseguiu engatar projetos de continuidade. O primeiro trimestre deste ano mostrou uma queda no número de assassinatos de 17% em Curitiba em relação ao mesmo período do ano passado. Mas em 2014 inteiro os homicídios aumentaram 7%. Como não há uma fórmula miraculosa pintando na área, é esperar para ver.

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