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Por que as cenas de crimes adulteradas por policiais são tão comuns?
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Colaboração do jornalista Diego Ribeiro para o Conexão Brasília:

Nos últimos meses, o país tem visto inúmeras gravações de vídeos em que policiais militares são gravados mexendo em cena de crime, forjando provas após assassinatos deliberados. Ocorreu no Rio de Janeiro, no morro da Providência (foto acima), onde policiais militares alteraram a cena do homicídio de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos. Em São Paulo, no Butantã, onde PMs jogam um rapaz do telhado após suposta troca de tiros. Não é novidade essa subcultura dentro das polícias no Brasil. A polícia prendeu na quinta-feira 11 suspeitos de participar das chacinas que aconteceram na Grande SP em agosto e setembro. Por isso, é imprescindível que a Polícia Militar do Paraná e todas as polícias instalem sistemas de vídeo, áudio e rastreamento nas viaturas.

Nenhuma instituição está imune. O próprio Paraná já viu isso acontecer casos como os paulistas. O 13º Batalhão de Curitiba ficou conhecido em 2005 na história do estado após o assassinato do major Pedro Plocharski. Na época, alguns policiais da unidade executaram o major, que investigava assassinatos cometidos por policiais militares na Cidade Industrial de Curitiba. No ano passado, policiais militares paranaenses também foram acusados de participação em chacina. Em 2014, entre janeiro e 22 de maio, foram registrados 90 mortes em confronto com a PM no Paraná.

Se com a tecnologia embarcada já é muito difícil de controlar as ações policiais e comprovar os casos de desvios, imagine sem elas. O Paraná já tentou usar 375 módulos AVLs (Localização Automática de Veículos, em inglês) para rastreamento de viaturas, mas foram desativados após contrato com a empresa fornecedora terminar em 2013. Em 2009 e 2014, dois projetos de Lei que tentaram implantar por lei o sistema de monitoramento de vídeo em viaturas não vingaram na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Passou da hora de implantar o sistema de monitoramento.

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