Alvaro Dias colocou-se na roda dos presidenciáveis neste mês, ao anunciar a criação formal do Podemos. Apesar de ter quase cinco décadas de vida pública, é um mistério saber qual será a plataforma política do senador para 2018. O incentivo à democracia direta, pilar do Podemos, é vago demais para ser colocado como um definidor da trilha que o ex-tucano seguirá.
Um dos movimentos mais recentes de Alvaro, porém, segue os passos de outro presidenciável, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Em publicação do dia 6 de julho, a assessoria do senador falou sobre a importância da exploração do nióbio, uma das bandeiras “clássicas” (e mais controvertidas) de Bolsonaro.
O texto cita um pedido de informação feito por Alvaro, em novembro de 2015, para o Ministério de Minas e Energia. “O Brasil precisa conhecer e reconhecer sua relevância estratégica no mercado nacional e internacional de nióbio, para desenvolver uma competência capaz de permitir a produção de receitas reais, robustas e direcionar esses recursos ao financiamento de setores fundamentais para o Brasil, como é o caso da educação.”
Bolsonaro também fez pedidos de informação sobre o nióbio e trata do assunto em tom de “salvação nacional”. O discurso vai mais fundo ao passado e chega ao folclórico Enéas Carneiro, que já falava sobre o assunto nos anos 1990
Mas, afinal, o nióbio vai salvar o Brasil? Para um leigo, é difícil falar.
De qualquer forma, antes de ouvir políticos, é melhor checar o que pensam os verdadeiros estudiosos do ramo. Em junho, o pesquisador Leandro Tessler, do Instituto de Física da Unicamp, disse à Gazeta do Povo que comparar a importância do nióbio ao petróleo, por exemplo, não para de “delírio nacionalista” (vale clicar aqui também para enfim entender o que é o nióbio).
Resta ver se dá voto. Interesse pelo assunto, ao menos no Facebook, parece existir: a publicação foi a quinta mais compartilhada entre as postagens dos políticos que compõem o Ranking de Influenciadores Políticos da Gazeta do Povo.
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