O deputado federal Ricardo Barros (PP) faz a linha de frente da defesa do governo Beto Richa (PSDB) em audiência pública que está sendo realizada neste momento na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre o confronto entre polícia e professores, no Centro Cívico, dia 29 de abril. Barros ocupa a mesa em nome da liderança do governo Dilma Rousseff na Câmara. No primeiro mandato de Richa, foi secretário estadual de Indústria e Comércio, e é marido da vice-governadora Cida Borghetti (Pros) e da deputada estadual Maria Vitória (PP), que é da base de apoio do governador na Assembleia.
Barros citou que Dilma também envia ao Congresso medidas de austeridade fiscal e que a votação precisa ser garantida. Segundo ele, a APP Sindicato “instruiu os manifestantes para o confronto”. “Quando a APP sindicato publica na internet uma instrução para os manifestantes para que fossem com chapéu, óculos, bandagem, é porque certamente havia uma instrução que provocaria essa reação.”
Barros foi o quarto a falar na audiência. Antes dele, a professora Luzia Marta Belini, do Sindicato dos Docentes do Paraná, questionou uma declaração de Barros antes do começo da reunião. Ela disse ter se encontrado com ele, que teria dito que as feridas do confronto “saram”. “Mas não saram não, elas são muito profundas”, disse. Na fala, Barros não desmentiu o diálogo.
Foram convidados para falar em nome da gestão estadual o governador Beto Richa, o secretário estadual de Segurança, Fernando Francischini, o chefe da Casa Militar, coronel Adilson Castilho Casitas. Nenhum deles compareceu. O representante do governo é o assessor especial de Políticas Públicas para a Juventude Edson Lau Filho.
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