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Chega em Curitiba na Praçça Santos Andrade o professoe e economista Eduardo Suplicy.
Chega em Curitiba na Praçça Santos Andrade o professoe e economista Eduardo Suplicy.| Foto:

Desde a última sexta-feira (23/6), uma importante investigação está em curso no Congresso Nacional. A inteligência da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados apura o envio de um envelope suspeito para o gabinete do presidente da Câmara dos Deputados. O conteúdo: fezes.

De acordo com a Agência Estado, o material foi “interceptado” antes de chegar ao destinatário. O primeiro objetivo do trabalho policial é detectar de qual agência dos Correios saiu o envelope.

Historicamente, não é apenas esse tipo de carta que chega às excelências.

Em 2009, a revista piauí trouxe um texto surpreendente sobre o acervo de correspondências femininas enviadas ao então senador Eduardo Suplicy (PT). Pela estimativa da época, ele recebia em média 400 declarações de amor por ano.

Há casos que de tão reais parecem mentira, como os trechos da carta de uma mulher de 43 anos do Espírito Santo que se disse enciumada com um “cheiro” dado por Suplicy no então presidente Lula. “Queria estar no lugar dele”, escreveu a capixaba.

O assédio é tanto que o arquivo do gabinete do petista tem uma pasta especial, com o título “Correspondências Pessoais Femininas!”. Mas não é só ele que arrasava corações via TV Senado.

Na mesma época, o senador Alvaro Dias (então com 63 anos) confirmou ao Conexão Brasília que recebia mais de uma dezena de cartas do mesmo gênero (amor, não fezes) por mês. O senador evitava falar sobre o assunto para não causar mal-estar com a esposa e dizia tomar todas as precauções para não fomentar os amores platônicos.

À época, quatro mulheres de diferentes estados tiravam a paciência do senador. O pior caso, segundo ele, foi uma mineira de meia idade, que certa vez chegou a invadir seu gabinete em Brasília.

Elas não desistiam de enviar e-mails e cartas, quase sempre com pseudônimos, sempre decifrados por Alvaro. Uma das senhoras, paraense, costumava mandar castanhas todos os meses para a capital – e quando o envio cessou, o senador descobriu que ela havia morrido.

O curioso é que histórias como essas espalham-se pelos corredores do Congresso. Às vezes com cocô, às vezes com amor – mas só a primeira leva a investigações aprofundadas.

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