A história de que o PMDB pretende lançar candidato a presidente em 2018 resgata as tentativas frustradas dos paranaenses Alvaro Dias e Roberto Requião de chegar ao Planalto.
Em 1989, o hoje senador pelo PSDB, Alvaro Dias, disputou a convenção do partido com Ulysses Guimarães (então presidente da Constituinte), Waldir Pires (ex-governador da Bahia) e Íris Resende (ex-governador de Goiás).
Em 2006, tive a oportunidade de entrevistar Alvaro sobre o episódio e conseguir algumas “revelações” sobre a disputa.
“Nunca contei o que realmente houve. Eu tinha o perfil desejado pela população, estava com tudo para me eleger, mas fui prejudicado dentro do partido”, afirmou Alvaro na época.
A idéia de ser o candidato peemedebista tinha, segundo ele, dois padrinhos fortes. O primeiro era o então presidente José Sarney (PMDB). O outro era o presidente da Rede Globo, Roberto Marinho, que morreu em 2003. “Havia pesquisas do Palácio do Planalto que indicavam que 70% da população queria um candidato jovem, com menos de 45 anos. Além disso, eu também era o governador com a maior aprovação do Brasil”, explica.
Alvaro era governador do Paraná e, pouco antes da convenção, fez um acordo com Resende. A ideia era que o goiano renunciasse no dia da votação, declarando apoio a Alvaro. Como recebeu uma série de apoios de última hora, Resende acabou mantendo a candidatura e atrapalhou os planos do paranaense, que acabou em último, com 77 votos.
Cinco anos depois, Requião disputou a indicação peemedebista contra o governador de São Paulo Orestes Quércia. As prévias foram realizadas em Curitiba (veja abaixo matéria do acerto do jornalista José Wille), mas Quércia venceu com 77,6% dos votos. Requião se reapresentou como candidato em 2010, quando a maioria do partido decidiu não ter candidato próprio e indicar Michel Temer como vice de Dilma Rousseff. Dessa vez, 560 convencionais votaram a favor da aliança com os petistas e 95 a favor da candidatura própria, com Requião.
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