Com a desistência do ex-ministro do STF Carlos Velloso para a vaga de ministro da Justiça e da Segurança Pública, a lista de cotados para a pasta voltou a crescer. Agora, além do deputado federal pelo Paraná Osmar Serraglio (PMDB), que continua no páreo, há mais um nome do Paraná aparecendo na disputa. Trata-se de Maria Tereza Uille Gomes, primeira mulher a assumir a cadeira de procuradora-geral de Justiça no Paraná, em 2002, e também ex-secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos no primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) no governo estadual, iniciado em 2011.
Em 2007, como presidente da Associação Paranaense do Ministério Público, Maria Tereza ficou conhecida pelo embate que travou com o então governador do Estado na época, o hoje senador Roberto Requião (PMDB), que a chamava de “Rainha de Copas”. Na secretaria de Beto Richa, atuou no meio de uma grave crise carcerária no Paraná, com repercussão nacional. Em 2014, foram mais de 20 rebeliões em todo o Estado.
Aposentada do Ministério Público paranaense, Maria Tereza já está em Brasília. Em dezembro, ela foi eleita para uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e agora aguarda a sabatina no Senado, ainda sem data definida. Atualmente, ela é diretora-presidente da JUSPREV (Previdência Associativa do Ministério Público, da Justiça Brasileira e dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) e também integra o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
No Congresso Nacional, corre que seu nome estaria sendo levado ao presidente Temer pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). O parlamentar também havia articulado a ida de Carlos Velloso, depois frustrada. Pelo menos outros cinco nomes circulam no gabinete do presidente Temer. Entre eles, o do subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que surgiu com força.
O blog apurou que, a favor de Maria Tereza, pesa o fato de ser um nome vinculado ao PSDB, principal aliado hoje do presidente Temer, mas, com perfil técnico sólido. Outro ponto a favor é o fato de ser mulher, no meio de uma Esplanada dos Ministérios majoritariamente masculina, motivo permanente de críticas à gestão Temer.
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