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Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Instituto Lula.
Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Instituto Lula.| Foto:

Um dia após o encerramento das Olimpíadas no Rio de Janeiro, dezenas de parlamentares foram à tribuna da Câmara dos Deputados para falar do “sucesso” do evento, mas a sessão acabou marcada por uma enxurrada de alfinetadas. Petistas aproveitaram para reivindicar a “paternidade” das Olimpíadas, já que a cidade brasileira foi escolhida como sede dos jogos ainda na gestão Lula. A organização do evento, acrescentam eles, foi mérito da gestão Dilma.

“Às vezes, na vida, alguns plantam, outros cultivam e outros colhem. Na política, os colegas devem saber qual é o peso da ingratidão, o peso da falta de lealdade. Quero me referir às Olimpíadas. Eu ouvi falas elogiando algumas lideranças recentes. Eu quero dizer aqui da importância do presidente Lula para a realização das Olimpíadas no Brasil, porque foi ele quem garantiu que criaria todas as condições para que fosse realizado o evento, como investimentos em aeroportos, em toda a parte de infraestrutura”, disse o deputado federal Padre João (PT-MG). “Eles [Lula e Dilma] também são merecedores da medalha de ouro”, acrescentou Adelmo Carneiro Leão (PT-MG).

“No dia 2 de outubro de 2009, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, estava na Dinamarca acompanhando a escolha da sede que receberia os Jogos Olímpicos. E, naquele dia, o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016. A presidente Dilma deu continuidade a todo o trabalho. Escolheu nada mais, nada menos, que Abel Gomes para fazer a cerimônia de abertura e de encerramento das Olimpíadas. Foi um sucesso, um show, e todo mundo se curvou diante desse evento importante”, destacou Valmir Assunção (PT-BA).

“Neste momento, há muitas pessoas querendo fazer festa com chapéu alheio, ou seja, dizendo que foram responsáveis por isso aqui. Foi demonstrado que 17 das 19 medalhas são resultado da ação do Bolsa Atleta, programado criado na gestão Lula e que a presidente Dilma continuou”, disse Luiz Couto (PT-PB).

Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Instituto Lula.

Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Instituto Lula.

Outros discursos foram na mesma linha. “Apesar da torcida contrária de alguns, as Olimpíadas de fato foram um sucesso, o que mostrou que foi correto o presidente Lula ter se empenhado para que as Olimpíadas viessem para o Brasil. No entanto, é preciso que se faça justiça ao presidente Lula. Em todas as matérias divulgadas, não se fez justiça para aquele que teve a capacidade de trazer as Olimpíadas para o Brasil. Também temos que reservar um capítulo para homenagear a presidente Dilma, porque o governo interino está há 100 dias no comando e, em 100 dias, não se organiza uma Olimpíada”, reclamou o deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA).

“Inclusive, quero dizer que esse desempenho maravilhoso que o Brasil obteve, o melhor desempenho em todas as Olimpíadas, 13º lugar, um número simbólico, ocorreu graças aos medalhistas oriundos do Bolsa Atleta”, continuou Pellegrino.

“ELES FIZERAM OS ESTÁDIOS, QUE NÃO SERVEM PARA NADA”

Alguns parlamentares foram ao microfone tentar rebater a reclamação do PT. “Dilma e Lula fizeram a Copa do Mundo, esses estádios que não servem para nada, não servem para coisa nenhuma. Na época, todo mundo lembra, durante os jogos da Copa, o povo estava nas ruas brigando, querendo tirar a Dilma, fazendo protestos. Essa foi a Copa do Mundo que Dilma e Lula fizeram. Esta Olimpíada foi feita por um presidente que, há 90 dias, trouxe a paz e a tranquilidade para o nosso povo, e o povo está feliz. Agora, o povo está mais feliz ainda com as vitórias que nós tivemos, as 19 medalhas”, defendeu o deputado federal Mauro Pereira (PMDB-RS).

“RECORDE DE PROTELAÇÃO”

Coube ao deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) pedir “moderação no entusiasmo” dos colegas. “O evento foi muito bonito, e eu falo como carioca, mas a política, propriamente, está muito dissociada do mundo esportivo”, disse ele, que em seguida voltou a cobrar a antecipação da votação do pedido de cassação do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Se deixarmos para 12 de setembro, serão 59 dias de protelação. Essa medalha, esse recorde, nós não queremos ganhar”, cutucou ele.

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