Embora na semana passada tenha saído vitorioso na votação do projeto de lei 4302/1998, que permite a ampla terceirização no País, o Planalto se assustou com o placar apertado e já se movimenta para tentar impedir derrotas em proposições ainda mais polêmicas, como a da reforma da Previdência Social.
No plenário da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (22), o texto recebeu 231 votos a favor, 188 contra e oito abstenções. Como a bancada da oposição hoje na Casa é formada por cerca de 100 parlamentares, o placar revela que aliados também rejeitaram a terceirização.
A posição da bancada do Paraná também comprova isso. Dos 30 deputados federais pelo Estado, seis integrantes da base aliada estavam ausentes: Fernando Francischini (SD), Diego Garcia (PHS), Fernando Giacobo (PR), João Arruda (PMDB), Rodrigo Rocha Loures (PMDB) e Takayama (PSC).
A ausência do peemedebista Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente da República, Michel Temer, chamou ainda mais atenção. Ele assumiu recentemente o mandato de Osmar Serraglio (PMDB) para, entre outras coisas, ajudar o Planalto a aprovar as matérias de interesse do Executivo.
Ao blog, Rocha Loures informou no dia seguinte, através de mensagem de celular, que “não participei da votação ontem porque me encontro em viagem fora do País, conforme comunicado ao presidente da Câmara dos Deputados [Rodrigo Maia] semana passada”.
Mas houve também quem, aparentemente, tenha “sumido” de forma estratégica. Caso, por exemplo, de Fernando Giacobo (PR), primeiro-secretário da Câmara dos Deputados. Giacobo não apareceu para registrar sua posição sobre o projeto de lei, embora em entrevista à imprensa tenha admitido que o texto precisava ser “aperfeiçoado”.
Outros aliados do presidente Temer dentro da bancada do Paraná optaram por marcar o voto contrário ao projeto de lei. Dos sete paranaenses que votaram contra o texto, três contrariaram posicionamentos dos próprios partidos políticos: Christiane Yared (PR), Hermes Frangão Parcianello (PMDB) e Leandre (PV).
A partir de hoje (27), auxiliares dizem que o presidente Temer iniciaria ele mesmo uma série de telefonemas para os aliados. Também deve marcar encontros pessoais. A ideia seria terminar o périplo antes da reforma da Previdência Social entrar na pauta do plenário.
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