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Luciano Pizzatto, chefe do Escritório de Representação do Paraná em Brasília, e o governador do Paraná, Beto Richa. Foto: Governo do Paraná
Luciano Pizzatto, chefe do Escritório de Representação do Paraná em Brasília, e o governador do Paraná, Beto Richa. Foto: Governo do Paraná| Foto:

De passagem por Brasília hoje (10), o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse que a permanência do presidente Temer, com a derrubada da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi “melhor”. No cálculo do tucano, “uma queda agora do presidente da República seria voltar para a estaca zero e começar tudo de novo”. “Acho que o Brasil não tem mais condições de recomeçar. O importante é seguir para frente”, afirmou ele, em entrevista à Gazeta do Povo no restaurante Baby Beef Rubaiyat, local do encontro do tucano com um grupo de embaixadores. “Cerca de 60% do PIB mundial está representado aqui”, destacou ele, cujo papel no almoço organizado pelo Escritório do Paraná em Brasília era tentar mostrar que o Paraná, a despeito da crise brasileira, ainda manteria números positivos.

“Não dá para negar que existe uma inquietação do mercado internacional com a situação que o Brasil atravessa. O próprio embaixador da Alemanha falava aqui da dificuldade que as montadoras alemãs estão tendo no País. Mas a ideia [do almoço] foi justamente mostrar para eles o outro lado do Brasil. Mostramos os bons indicadores do Paraná”, disse Beto Richa, que levou parte do seu secretariado para o “network inédito”, na definição do ex-deputado federal Luciano Pizzatto, à frente do Escritório do Paraná em Brasília.

Estavam lá para o almoço os secretários Mauro Ricardo (Fazenda), Ezequias Moreira (Cerimonial e Relações Internacionais), Juraci Barbosa Sobrinho (Planejamento e Coordenação Geral) e João Luiz Fiani (Cultura), além do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), que também foi “apresentar Curitiba” aos embaixadores, na tentativa de atrair investimentos.

Logo depois do almoço, Beto Richa seguiu para o Palácio do Planalto, onde se encontraria com o tucano da Bahia Antonio Imbassahy, à frente da Secretaria de Governo. Entre os temas da audiência, segundo o governador do Paraná, estava a reivindicação por mais unidades de moradias rurais, através de um financiamento via Caixa Econômica Federal.

“O Ministério das Cidades colocou algumas cotas para os estados e me parece que algumas ficaram disponíveis, porque nem todos tinham contrapartida para estabelecer a parceria. Então eu aproveitaria para pegar mais 11 mil unidades para moradias rurais”, disse Beto Richa.

OS TUCANOS

Ministro de Temer, Imbassahy está dentro da ala do PSDB que, na esteira da crise gerada a partir das delações da JBS, resolveu se posicionar contra o desembarque da sigla da Esplanada dos Ministérios. Já Beto Richa mudou de posição logo após a denúncia formal da PGR contra o presidente Temer, por crime de corrupção passiva: em junho, era contra o desembarque; em julho, defendeu a “independência” do PSDB em relação ao governo federal. Atualmente, parece preferir colocar “panos quentes” na situação. “O PSDB entendeu que, assim como foi um dos principais partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff, agora tem obrigação de ajudar na governabilidade, mesmo que isso represente um desgaste ao partido”, argumentou ele.

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