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Deputado federal Osmar Serraglio (PP-PR). Foto: Luis Macedo/Arquivo Câmara dos Deputados
Deputado federal Osmar Serraglio (PP-PR). Foto: Luis Macedo/Arquivo Câmara dos Deputados| Foto:

O deputado federal Osmar Serraglio (PP-PR) voltou a usar a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, terça-feira (17), quase dez meses depois do seu retorno à Casa. Ao microfone, o ex-peemedebista admitiu, sem dar detalhes, ter sido pressionado quando estava na cadeira de ministro da Justiça, entre março e maio do ano passado. Também aproveitou para alfinetar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), agora transformado em réu por corrupção e obstrução de Justiça, e que outrora xingava Serraglio em conversa com o delator Joesley Batista.

“Por extraordinária coincidência, neste mesmo horário, neste exato momento, está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal quem já foi candidato a presidente da República e que foi alcançado em ligação telefônica, com o acusado Joesley Batista, em que demonstravam revolta com minha conduta, quando ministro da Justiça, por me recusar a ceder as suas pressões objetivando a indicação de Delegado da Polícia Federal de sua preferência para investigar suas ações delituosas. Pressões semelhantes advieram do senador Renan Calheiros, ex-presidente do Congresso Nacional, multi-investigado pela Polícia Federal”, iniciou o paranaense.

Em ligação telefônica interceptada durante investigação sobre o senador tucano, Aécio Neves chama Serraglio de “um bosta” e diz que Michel Temer teve a oportunidade perfeita para se livrar do paranaense, provavelmente em referência à Operação Carne Fraca, deflagrada em meados de março do ano passado.

“Por aí já se descortinam algumas das razões, de alto nível político-partidário, que instabilizaram minha permanência na pasta da Justiça. Político modesto, este parlamentar não dispunha de escudo para confrontar esses plenipotenciários, nem de vontade de rasgar sua trajetória, nem de se submeter aos que desprezam a máxima republicana da igualdade dos cidadãos. Já demonstrara, em outra quadra da história deste parlamento, não ser homem de temores”, continuou Serraglio, para, na sequência, lembrar da CMPI dos Correios, da qual foi relator, há 12 anos.

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