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Mobilidade em Curitiba, parte 5 – Conclusões
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Após quatro posts tratando sobre o mesmo tema, creio ser momento de apresentar uma conclusão sobre a mobilidade em Curitiba. Publiquei artigos sobre a Via Calma, sobre a faixa exclusiva de ônibus, sobre as calçadas. Posso afirmar sobre cada uma das intervenções urbanas que:

a) a Via Calma é uma política adequada para mostrar como devem conviver os usuários das vias públicas. Não importa se por carro, ou por bicicleta. A rua é de todos e respeito é fundamental.

b) a faixa exclusiva não é idéia nova. Outras cidades do mundo a possuem – Londres, por exemplo. Como disse no post, o poder público deve incentivar o uso do transporte coletivo, deixando-o atraente. E rapidez é essencial. Outras medidas podem ser interessantes, como climatização (ar condicionado) nos dias de calor, placas com horários dos ônibus em tempo real (já existem nas estações-tubo), bancos nos pontos (principalmente para idosos).

c) os biarticulados funcionam bem em horários calmos. Mas em horários de pico, às 18 horas, por exemplo, são difíceis de usar. Fui usuário em janeiro e fevereiro e pude constatar o problema. Em compensação, quando vou aos Juizados Especiais Cíveis, nos horários da tarde (14h), não há superlotação. O mesmo posso dizer dos ligeirões (os azuis), que são confortáveis fora do horário de pico (os que saem da Praça Carlos Gomes).

d) as calçadas têm muitos problemas. Compete ao poder público a fiscalização. No centro, algumas são intransitáveis ou de difícil tráfego. Abrir um buraco no piso de petit-pavé significa o fim da regularidade da calçada, mesmo após o reparo. É preciso encontrar solução que seja prática e com custo reduzido – talvez, alterando o modelo de calçada, permitindo uso de outros materiais. Ou mantendo o piso histórico (pedras, petit-pavé) nas laterais da calçada, mas instalando materiais modernos onde as pessoas caminham – como já ocorreu na Rua Marechal Deodoro e foi tratado nesta reportagem da Gazeta do Povo, em 2006 (clique aqui).

Enfim, são necessárias políticas públicas que prestigiem o uso do espaço público.  Locomover-se em ônibus, bicicleta ou a pé deve ser incentivado. E o melhor incentivo é a qualidade (dos ônibus, das vias e ciclovias, das calçadas).

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