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Estudo publicado há pouco expõe dados interessantes sobre o uso de internet por jovens (entre 15 e 24 anos), os chamados “nativos digitais” (o termo é usado para identificar pessoas que nasceram na época da introdução do computador pessoal e têm passado suas vidas conectadas com a tecnologia).

Retratou o estudo um blog do The New York Times, retirando a informação:

“Em muitos países desenvolvidos, mais de 90 porcento dos jovens são considerados nativos digitais, com a Coreia do Sul liderando com 99,6 porcento. Mas muitos países desenvolvidos estão muito aquém – até o Timor Leste, onde apenas 0,6 porcento dos jovens de 15 a 24 anos são nativos digitais”.

Ainda,

“uma variedade de fatores, incluindo os demográficos, contribuem para um alto percentual de nativos digitais”.

Países com mais idosos são menos “nativos digitais” (no total), como, por exemplo, o Japão (que possui, contudo, 99,5% de nativos digitais entre os jovens de 15 e 24 anos).

Segundo Michael Best, professor de tecnologia do Estado da Georgia, coordenador do estudo, outros fatores, como educação, são importantes. É o motivo da forte performance da Malásia, que adota a tecnologia da informação nas escolas.

O Brasil figura na 37ª posição, com 60,2% dos jovens de 15 a 24 anos tidos como nativos digitais (10,1% do total da população são considerados nativos digitais). Um número razoável e na frente de muitos países europeus.

O investimento público em tecnologia para a educação é imprescindível. Nos orçamentos públicos, há necessidade de despesas para aquisição de ferramentas de ensino e da capacitação dos usuários. De nada resolve somente a aquisição dos bens duráveis – em outras palavras, só comprar tablets não adianta. Por isso que o custo do investimento em tecnologia não se resume à compra dos equipamentos, mas expande-se para toda uma cadeia de despesas, as quais devem ser planejadas pelo administrador público, com auxílio técnico de educadores.

Além dos instrumento de acesso (os terminais, tablets, lousas digitais), precisa-se de conteúdo próprio. E o conteúdo não é apenas a conversão dos livros em papel para arquivos digitais (se fosse, melhor ficar com o papel). O conteúdo tem de ser interativo, até online, e capaz de desenhar para o professor um quadro do aprendizado e das deficiências dos alunos.

Os nativos digitais têm condições para melhor aprender com o uso da tecnologia. O acesso à internet durante os estudos (em sala de aula ou não) não é ruim, é inevitável e não há retorno. Resta saber se o Estado e os professores conseguem se adaptar à nova realidade. O Estado, escolhendo a alocação dos recursos com responsababilidade e sabedoria; os professores, adotando corretamente as novas tecnologias.

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