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(Foto: Na Lata)

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O terceiro setor tem hoje relevante papel no cenário econômico e social brasileiro. A mobilização da sociedade perante os graves problemas sociais impulsionou o nascimento de diversas organizações sem fins lucrativos, constituídas para melhorar a qualidade de vida de parcela da população, para qual sua atuação é orientada. Muitas dessas organizações nascem do compromisso assumido por lideranças sociais engajadas e possuem como característica a adoção de estratégias informais pautadas na prestação de serviço diário à comunidade. Entretanto, esse trabalho comumente é realizado sem clareza de missão, visão ou valores, do mesmo modo que desconsideram a expectativa dos diversos públicos de interesse da organização, incluindo aqui as escolas e outras instituições que atendem pessoas com deficiência.

Para assumirem definitivamente o papel de promotoras do desenvolvimento da pessoa com deficiência de uma forma sustentável, a profissionalização dos serviços por meio de práticas de gestão e planejamento de longo prazo se torna tarefa inevitável às organizações. No entanto, essas práticas serão ineficazes se não forem pautadas na leitura do ambiente e na compreensão do grau de influência dos grupos de interesse da organização, conhecidos como stakeholders.

Esses grupos são formados por pessoas que influenciam e são influenciados pela organização. No caso das escolas de educação especial, podemos citar empresas, governo, sociedade e os próprios colaboradores. Todos têm impacto no dia a dia das instituições e no crescimento e fortalecimento de cada uma. Um empresário pode, por exemplo, apadrinhar um projeto de reforma ou de capacitação, como acontece nas ações da ASID Brasil. Já a sociedade, pode contribuir acolhendo essas pessoas, ajudando no bom desenvolvimento delas, por exemplo. Portanto, é inviável às organizações construir uma estratégia sustentável sem considerar seu posicionamento perante seus grupos de interesse.

Por isso, a capacidade de a organização identificar quais são seus grupos de interesse e suas expectativas apoiará o desenvolvimento de uma estratégia otimizada para a busca de seus objetivos e alcance de resultados, seja na captação de recursos, na comunicação com a sociedade, no gerenciamento das pessoas e voluntários e, ainda, na prestação dos serviços para a pessoa com deficiência.

*Artigo escrito por Marina Rozin, trabalha no departamento de Captação de Recursos da  Ação Social para Igualdade das Diferenças –  ASID, organização social que trabalha para melhorar a gestão das escolas de educação especial gratuitas, resultando na melhoria da qualidade do ensino e na abertura de vagas no sistema. É formada
em Administração pela UFPR. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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