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Ler é uma forma de conhecer o mundo. A criança se alfabetiza quando descobre que o mundo é feito de significados. Essa é a perspectiva do letramento: não apenas a decodificação de códigos escritos, mas o processo de significação da cultura escrita. Trata-se de mais uma inserção da criança no meio social.

Assim, desde muito pequena, ao ser estimulada a “ler” o mundo em que está inserida, a criança está se desenvolvendo em relação ao processo de letramento e alfabetização. Essa leitura de mundo não está ligada exclusivamente ao rigor do registro da linguagem escrita, mas à percepção de detalhes, às relações que estabelece, à leitura e atribuição de significado aos diferentes símbolos que encontra.

Quando a criança ingressa no último ano da Educação Infantil, é comum a família ficar ansiosa para que a criança passe a ler, para entrar no Ensino Fundamental já com essa competência desenvolvida. Mas a ansiedade não ajuda! A família pode ajudar a criança, contribuindo para esse processo de inserção no mundo: participando da leitura de placas de identificação, atribuindo significado aos diferentes símbolos no contexto social, convidando-a para ajudar na lista de supermercado, fazendo a leitura mediada, brincando com joguinhos que estimulem o contato com as letras e palavras, escrevendo bilhetinhos, lembretes, recados que podem começar com desenhos que representem as ideias da criança e, posteriormente, tentando registrar por meio da escrita, estimulando que a criança escreva “do seu jeito”, valorizando o que ela já faz, e auxiliando-a a perceber e avançar no processo de letramento.

A Educação Infantil é um momento propício para o contato da criança com a multiplicidade de linguagens que favorecerá a relação entre criança e realidade, ampliando seu conhecimento de mundo. O papel da Educação Infantil é proporcionar o maior número possível de experiências de aprendizagens significativas que permitam estabelecer relações e ampliar suas aprendizagens, comunicando-se com o mundo por meio das múltiplas linguagens: verbais e não verbais. Essas experiências serão a base para todo o seu desenvolvimento pessoal, social e acadêmico.

Antecipar a formalização do processo de escrita pode ser ruim, quando a criança é exigida em algo que não está pronta para fazer, que ainda não tem maturidade para compreender. A criança vai se apropriando gradativamente dos códigos escritos, registrando suas ideias primeiramente pelo desenho e, posteriormente, pela relação fonema x grafema. Ao propormos atividades de registro, a criança vai percebendo e demonstrando seus conhecimentos sobre o uso do código alfabético e a família consegue perceber os sinais de que ela está em processo de alfabetização.

À medida que os pais compreendem o processo de alfabetização como parte da vida escolar das crianças, como uma entre as muitas conquistas ao longo de sua vida escolar, tendem a perceber esse momento de maneira mais tranquila e a alfabetização acontece de forma natural.

*Artigo escrito por Sibele Dal Col GuimarãesCoordenadora Psicopedagógica do Colégio Marista Paranaense. O Grupo Marista é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia. 

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