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FOTO: Felipe Lima / Gazeta do Povo
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FOTO: Felipe Lima / Gazeta do Povo

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Entre as capacidades de aprendizagem, a mais difícil delas certamente é desaprender. A base de toda aprendizagem é, na verdade, aquilo que já sabemos antes. Então, cada novo assunto que temos acesso se relaciona àquilo que já sabemos e temos guardado em na memória.

Se uma das máximas da aprendizagem significativa é justamente a relação com a aquilo que a pessoa já sabe, como fazer para desaprender? É verdade! A aprendizagem, para ser significativa precisa se relacionar com aquilo que já se sabe ou com a experiência que já se tem. É nessa relação que se constrói o conhecimento. É nessa relação que se perpetuam os julgamentos e crenças de cada pessoa.

Mas você já parou para pensar em quantos conhecimentos e saberes deixam de ser construídos? E ficaram de lado simplesmente porque decidimos olhar a novidade com os olhos já viciados por nossos pré-julgamentos e crenças. Por isso é importante que o que já sabemos ou pensamos sobre um assunto não seja impedimento para aprender algo novo. Aquilo que já sabemos não pode sufocar o que precisamos aprender.

Vamos pensar no exemplo de um piloto de avião que já é bastante experiente. Na aviação, a metodologia e as tecnologias mudam bastante com o tempo. Se os pilotos não souberem esquecer o modo que pilotavam há cinco anos muitas vidas estarão em risco. Essa capacidade de olhar o novo com novos olhos e mente aberta é essencial nesse caso.

Agora vamos transpor o mesmo exemplo para os professores. O professor não é apenas um profissional do ensino, mas da aprendizagem e, por isso, precisa sempre aprender coisas novas. Se não souber esquecer o modo de ensinar há 10 ou 20 anos atrás, trará sérias consequências para os alunos que estão nas salas de aula nos dias de hoje.

Não deixamos de usar aquilo que já sabemos, mas impedimos que isso nos impeça de crescer. Aprender a desaprender significa, portanto, evoluir, deixar crenças antigas e acreditar em novas verdades. Olhar o novo com novos olhos. É preciso aprender a esquecer e desaprender para então, aprender!

Everton Renaud é filósofo e mestrando em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é gestor de projetos educacionais que atuam com mídia e educação no Instituto GRPCOM.

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