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Atualmente estou como professor do Laboratório de Cálculo Aplicado (LACA) na Universidade Positivo para os cursos de Engenharia e nesse contexto confesso entusiasmado que estou tendo grandes surpresas nessa nova empreitada.

Nesse final de primeiro bimestre fizemos duas propostas de avaliação que serão somadas. Uma é um mini seminário, a ideia é bem simples, eles deveriam apresentar a resolução de um exercício para suas respectivas turmas. A outra é a gravação, pelo celular, de um vídeo curto de uma explicação de um exercício do livro texto.

Ao fazer as propostas a grande maioria deles comprou os desafios da apresentação e gravação na hora. E, como os deixei livres de um modelo formal, muitos inovaram nisso.

A criatividade correu solta, as trocas de experiências foram significativas, o companheirismo entre eles e eu surgiu naturalmente.

Nos vídeos muitos mostraram grande desenvoltura, muita clareza e didática. Nos mini seminários tivemos belíssimas apresentações com direito a muitas referências didáticas e informativas.

Mas, por que estou relatando isso para você?

Obviamente, para passar a mensagem de que é possível fazer dos estudos algo prazeroso e harmonioso. Sabemos que estudar em um mundo de múltiplas ofertas “mais atrativas” é muito complicado, mas ao vê-los empenhados, discutindo soluções e abordagens, dentro e fora da sala de aula, para as apresentações o espírito desse professor de meia-idade (é a primeira vez que escrevo isso) se encheu de esperança, passei a ver um bom futuro para nós.

Dias atrás, conversando com minha esposa Mariel Muraro (coordenadora e professora do curso de Direito na FAPI), soube que um professor solicitou como tarefa para os alunos a correção ou ampliação dos textos na Wikipedia das personalidades de relevância dos assuntos estudados na disciplina. Grande ideia! Isso é envolver os alunos de forma colaborativa em uma tarefa de relevância social.

Enfim, é ótimo ceder espaço a eles. Afirmo categoricamente que eles sabem preencher cada tantinho dado.

Nós, professores, precisamos aceitar que os tempos são outros, precisamos aceitar que o modelo colaborativo é muito mais funcional e atraente para todos.

Ceder espaço não é perder espaço. Ceder é transferir, é dar de si, é se mover.

Na minha experiência, as expectativas foram superadas em muito, creio que assim é quando nossos alunos entendem a proposta de trabalho. No caso do colega que solicitou a tarefa do Wikipedia também seja a mesma.

Acredite que com essa nova geração teremos um belo caminho pela frente. Só precisamos caminhar simplesmente juntos, sem competição desnecessária pelo espaço da sala de aula.

* Artigo escrito por Guilherme Lemermeier Rodrigues, licenciado em Matemática, especialista em Ensino de Matemática e mestre em Educação. Professor do Ciclo Básico de Engenharia da Universidade Positivo, instituição associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

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